Em vídeo, divulgado no último domingo (11), Girão criticou a Presidência do Senado, e afirmou que a eleição ‘vai ser assistida como uma final de Copa do Mundo’. Senador disputa os votos bolsonaristas com o ex-ministro Rogério Marinho
O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) anunciou, no último domingo (11), que vai concorrer à Presidência do Senado. O parlamentar criticou a forma como o Senado é conduzido atualmente, e declarou que há “centenas, dezenas de projetos e deliberações engavetadas”.
“Assim como você, tenho sentido e penso que essa Casa está muito distante dos interesses da sociedade e não tem nos representado”, disse o senador.
“E não é de hoje, mas há muito tempo vem engavetando projetos importantes para o país como, por exemplo, para que a gente possa voltar a ter harmonia e independência entre os Poderes”, declarou o senador em vídeo publicado nas redes sociais dele, gravado ao lado do espelho d’água do Congresso.
“São dezenas, centenas de projetos e deliberações engavetadas de forma monocrática na Mesa Diretora do Senado”, acrescentou o senador.
BOLSONARISTA
Girão integra a base do governo de Jair Bolsonaro (PL) no Senado. Ele pretende concorrer contra o atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e também contra o senador eleito Rogério Marinho (PL-RN), indicado pelo partido de Bolsonaro ao cargo.
Pacheco, por sua vez, é apoiado por legendas do chamado Centrão e pela base do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Sei que é muito difícil, mas o grande trunfo dessa eleição vai ser você, que está cada vez mais gostando e participando da vida política do seu país”, disse Girão, dirigindo-se aos seguidores dele.
“Eu tenho certeza que, no dia 1º, essa eleição do Senado vai ser assistida como uma final de Copa do Mundo. E, dessa vez, nessa Copa do Mundo da Política, o Brasil vai estar na final e vai vencer”, completou.
Na verdade, a eleição para as casas do Congresso — Câmara dos Deputados e Senado Federal — vai ser dia 2 de fevereiro.
TROPA DE CHOQUE
Girão, na CPI da Covid, foi o encarregado de atacar o Nordeste e tentar associar o consórcio dos Estados da região à maconha, se mantêm até hoje fiel na tropa de choque bolsonarista.
O Senador cearense votou contra a “PEC da Transição” no Senado. Ele foi um dos 16 senadores que disseram “não” à proposta de Emenda à Constituição, que vai garantir, entre outros benefícios, a continuidade dos R$ 600 do auxílio emergencial, que volta a se chamar Bolsa Família, entre outros benefícios sociais.
QUEM É EDUARDO GIRÃO
Girão foi o segundo colocado para o Senado, quando foi eleito pelo Pros, com 1.325.786 votos, em 2018.
Empresário, foi presidente do Fortaleza Esporte Clube e saiu vitorioso na primeira tentativa para cargo eletivo. Os suplentes dele, ambos pelo Pros, são: o bombeiro militar Sargento Reginauro; e o servidor público federal Dr. Guimaraes, respectivamente, 1º e 2º suplentes.
M. V.