O amigo de Jair Bolsonaro e ex-presidente do PTB, Roberto Jefferson, virou réu por quatro tentativas de homicídio, posse ilegal de arma, resistência qualificada e outros crimes por ter atacado agentes da Polícia Federal que cumpriam um mandado de prisão contra ele.
A denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra Jefferson foi aceita pela juíza federal substituta Abby Ilharco Magalhães, da 1ª Vara Federal de Três Rios, na sexta-feira (9).
Para a juíza, “houve por parte do investigado ao menos a assunção do risco de resultado(s) morte, caracterizando-se assim a modalidade dolosa”.
“Indicativos suficientes de autoria emergem da situação de flagrância, narrada nos depoimentos dos policiais federais que efetivaram as diligências, além da manifestação do próprio acusado em sede inquisitorial”, continuou.
O MPF denunciou Roberto Jefferson por quatro tentativas de homicídio, resistência qualificada, posse de três granadas adulteradas e posse ilegal de arma de fogo.
A denúncia pede que cada agente ferido pelo bolsonarista seja reparado em R$ 50 mil e os outros dois que acompanhavam a operação também tenham a reparação, nesse caso, no valor de R$ 30 mil cada. A denúncia também pede o pagamento de R$ 26.780 pelos consertos que tiveram que ser feitos nas viaturas atingidas.
Mesmo estando em prisão domiciliar, Roberto Jefferson gravou e divulgou vídeos ameaçando os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a democracia.
Quando a PF foi até sua casa para cumprir um mandado de prisão, o amigo de Bolsonaro deu 60 tiros e arremessou três granadas contra os agentes. Depois de se entregar, Roberto Jefferson foi transferido para Bangu 8, onde já tinha ficado preso em agosto de 2021.
Segundo a denúncia aceita pela Justiça, “dolosamente e consciente da ilicitude e reprovabilidade de suas condutas, [Jefferson] tentou matar 4 Policiais Federais, com emprego de explosivo e de meio de que resultou perigo comum”.