Prévia do PIB do IBC registrou queda de 0,05% em outubro. Em agosto, o índice de atividade do Banco Central caiu -1,3% e, em setembro, teve zero de crescimento
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BC) registrou que o nível de atividade econômica do Brasil caiu 0,05% em outubro deste ano, na comparação com o mês anterior.
Com a pressão dos juros altos derrubando o consumo de bens e serviços no país, esse foi o terceiro mês seguido que o indicador não registrou avanço no nível de atividade econômica brasileiro. Em agosto, o IBC-BR registrou queda de -1,3% e em setembro zero de crescimento, de acordo com o resultado calculado após ajuste sazonal – quando são já descontadas as variações e influências de determinado período do ano.
O índice IBC-BR é considerado uma “prévia” do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil – que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – calculado oficialmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em outubro, as principais categorias econômicas (Industria, Comércio e Serviços) se mantiveram na trajetória de desaceleração observada no terceiro trimestre de 2022, o que contribuiu para o resultado de crescimento do PIB de apenas 0,4% no terceiro trimestre na comparação com o trimestre anterior (1,0%).
Na passagem de setembro para outubro, a produção industrial variou +0,3%, as vendas do comércio varejista registraram +0,4%, e os serviços caíram -0,6%, interrompendo uma sequência de cinco resultados positivos, de acordo com dados do IBGE.
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. No entanto, mesmo com a economia brasileira trilhando rumo à recessão, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu na última quarta-feira (7) manter a taxa básica de juros da economia (Selic) em 13,75% ao ano, percentual que mantém o Brasil como país detentor do maior juro real do mundo