“O Povo tem expectativa grande com Lula e o mundo espera a volta de um Brasil pacificador”, disse Rui Costa. Haddad prometeu nova lei fiscal. Nísia agradeceu o convite de Lula e Camilo apontou o desmonte do setor
Tomaram posse na manhã desta segunda-feira (02) os novos ministros do governo Lula. São eles, o chefe da Casa Civil, Rui Costa; o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; o ministro da Educação, Camilo Santana e a minitra da Saúde, Nísia Trindade.
Rui Costa afirmou que “o Povo tem expectativa grande com Lula e o mundo espera a volta de um Brasil pacificador”.
Rui Costa (PT) pediu aos ministros que acompanhavam a cerimônia união em torno do “projeto coletivo” do governo Lula (PT). Ele ainda afirmou que a expectativa do Brasil e do mundo em torno dos próximos quatro anos é “gigantesca”.
O ex-governador da Bahia se comprometeu a trabalhar pelo combate à pobreza e pela intensificação do diálogo entre o governo e o setor produtivo brasileiro. “O povo brasileiro votou no Lula porque espera sair às ruas e não ver tanta gente embaixo dos viadutos pedindo ajuda para sobreviver, para comer. O povo brasileiro votou no Lula porque quer paz. E o Lula escolheu [como slogan] ‘união e reconstrução’.
Fernando Haddad promete enviar no primeiro semestre novo marco fiscal “que tenha credibilidade”. “Assumo com todos vocês o compromisso de enviar, ainda no primeiro semestre, ao Congresso Nacional, a proposta de uma nova âncora fiscal, que organize as contas públicas, que seja confiável, e, principalmente, respeitada e cumprida. (…) Não aceitaremos um resultado primário que não seja melhor do que os absurdos 220 bilhões de déficit previstos no Orçamento para 2023”, declarou.
Em seu discurso, Haddad falou em não só “arrumar a casa”, mas “reconstruí-la”. Ele se disse honrado em “poder colaborar para esse resgate do nosso país”. Haddad também destacou a ‘herança maldita’ deixada pelo governo Jair Bolsonaro (PL). “Foram duros golpes desferidos contra o povo”.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse durante seu discurso de posse, que a gestão da pasta “pautada pelo diálogo com a comunidade científica”, deixando para trás “um período de obscurantismo e desvalorização da ciência”. A ministra agradeceu ao convite feito pelo presidente Lula (PT) e disse que uma das primeiras ações do seu mandato será a “revogação de portarias e notas técnicas que ofendem a ciência, os direitos humanos e os direitos sexuais reprodutivos”.
Ela anunciou que revogará portarias e notas técnicas que “ofendem a ciência, os direitos humanos, os direitos sexuais e reprodutivos”.
Camilo Santana, por sua vez, denunciou o desmonte do setor de Educação. “Vivemos tempos muito sombrios. Educação foi desprezada, esquecida”, disse o ex-governador do Ceará.
“Vivemos tempos muito sombrios, onde o Brasil foi negligenciado nas suas mais importantes áreas. E a educação sem dúvida foi uma das mais atingidas. O que é mais valioso para qualquer nação se desenvolver, que é valorizar a educação do seu povo, foi tratado como subproduto, trazendo prejuízos imensuráveis para milhões de crianças e jovens desse país”, disse.
Ele ainda destacou a má administração do MEC durante a pandemia de Covid-19 e lembrou o alto número de crianças e jovens com o aprendizado atrasado. “O mais grave foi isso ter ocorrido justamente em um dos momentos mais difíceis da história, durante a pandemia da Covid-19. Quando mais a educação precisou de apoio do governo federal, mais foi desprezada, esquecida”.
Santana afirmou que, para recuperar o tempo perdido pelos estudantes, é necessário retomar “uma visão sistêmica da educação, que vai da creche a pós-graduação”. Ele afirmou, em seguida, que trabalhará junto de governadores e prefeitos para melhorar a qualidade do ensino, estabelecendo um “regime de colaboração em um grande pacto federativo pela educação”.