A Tabela não é reajustada pela inflação desde 2.015, e, desde 1996, é reajustada abaixo da inflação
Segundo Ministro da Fazenda Fernando Haddad, não deverá haver correção da tabela do Imposto de Renda este ano. Em entrevista, terça-feira, dia 03, ele avaliou que a correção deve ficar para o ano que vem. Conforme Haddad explicou, trata-se do “princípio da anterioridade”, ou melhor, o aumento do Imposto de Renda só pode entrar em vigor no ano seguinte, embora o caso seja de redução de imposto. Hoje, quem ganha até 1.903,00 não paga Imposto de Renda.
Com reajuste do salário mínimo para 1.320,00, os isentos serão os que ganham até 1,5 do mínimo. Na presente data, são 7.948.772 trabalhadores isentos. O problema é que a tabela não é reajustada pela inflação desde 2.015, e, segundo a Câmara dos Deputados, desde 1996, é reajustada abaixo da inflação. Se assim não fosse, teríamos 28.842.414 trabalhadores isentos (SINDFISCO). Para a tabela equivaler a de 2019, o reajuste necessário seria de 27%. De 1996 para cá, de 147%.
Em reais, calcula-se que 186 bilhões saíram a mais dos mais humildes em forma de imposto. Sensibilizado com a questão, Haddad, na campanha eleitoral de 2018, propôs isentar quem ganha até 5 mínimos e, o Presidente Lula, em sua campanha, propôs isentar quem ganha até 5mil reais, durante o mandato (conforme explicou, em dezembro, o então senador, hoje ministro Wellington Dias).