A Central Sindical CSP-Conlutas realizou o seu 3º Congresso Nacional no último final de semana, em Sumaré em São Paulo. O evento contou com a participação de cerca 2.600 pessoas, que deliberaram ações de resistência às reformas do governo de Temer, e pela construção de uma nova Greve Geral dos trabalhadores dia 10 de novembro.
Na abertura do Congresso, Atnágoras Lopes, integrante da Secretaria da Executiva Nacional (SEN) disse que os trabalhadores que saíram às ruas nas grandes mobilizações de 2017 terão “um papel decisivo na construção de uma nova Greve Geral”. Defendendo uma pauta unitária para barrar as reformas de Temer, Atnágoras destacou ainda que “não tem como sepultar o inimigo sozinho. Agir enquanto classe é o critério que nos dá a possibilidade de enfrentar a força do inimigo”, disse o dirigente do Sindicato da Construção Civil de Belém.
Entre as principais resoluções aprovadas pelos mais de 1.900 delegados está o reforço à mobilização para o Dia Nacional de Lutas contra a retirada de direitos, marcado para 10 de novembro. Segundo Atnágoras a central está “orientando as entidades filiadas a não aceitar que os patrões implantem a reforma trabalhista nas negociações. Essa é uma saída imediata para as categorias que tem campanhas salariais neste segundo semestre”, lembrou Lopes.
Entre os dirigentes presentes no Congresso esteve o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Ubiraci Dantas, que saudou os congressistas, ressaltando que “esse congresso é realizado em um momento muito especial. Num momento em que o governo mente dizendo que está havendo crescimento. Quando sabemos que o que cresce é o desemprego, são os juros. Infelizmente alguns setores do movimento sindical prefeririam trocar a reforma da previdência pelo imposto sindical. Mas nós vamos continuar essa luta. A Conlutas está mobilizando os metalúrgicos e isso é uma lição para quem não acredita na classe operária”, afirmou Bira.