O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria de transformação paulista teve uma forte queda em maio, de 10,2% em relação a abril, segundo divulgou a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), na sexta-feira, 29 de junho.
Com os investimentos em queda, juros altos no crédito e a economia no fundo do poço, a variável que mais influenciou o indicador foram as vendas, que despencaram 16% no mês de maio. As horas trabalhadas na produção recuaram – 2,3% e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) menos -1,8 p.p.
A metalurgia básica foi, entre os segmentos da pesquisa, o que maior impacto teve no indicador geral, com uma redução de -18,3%. O segmento teve nas horas trabalhadas na produção redução de 6,5% e o total de vendas desabou em 36,4%.
Outro segmento, o de veículos automotores, também teve forte influência, com um recuo de 6,2%. As horas trabalhadas caíram 8,2% e o total de vendas 30,2%.
Para o presidente em exercício da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho, “os resultados de 2018 já vinham bem abaixo do que imaginávamos quando fizemos as projeções em 2017″. Ele não vê chance de recuperação da atividade da indústria e prevê uma situação ainda pior para os próximos meses.