Candidato governista derrotado foi peça-chave no assalto à Pemex

Da esquerda à direita, no círculo, Marcelo Odebrecht, o ex-presidente Felipe Calderón e Meade com os executivos da Braskem no México

José Antonio Meade – o Lula do México – candidato presidencial do partido governista PRI, que foi ministro de Energia durante a presidência de Felipe Calderón e da Fazenda do atual governo Peña Nieto até 2017, conseguiu apenas o terceiro lugar com 16 milhões de votos a menos que AMLO.

ADVERTÊNCIAS

Como presidente da Administração da Pemex, José Antonio Meade ignorou as advertências de três conselheiros e foi peça chave no esquema armado para manipular um contrato de fornecimento de etano assinado entre a estatal Petróleos Mexicanos (Pemex) e o consórcio entre a Braskem, controlada pela Odebrecht, e a mexicana Idesa em 2010.

PREJUÍZO

Desde o início, os termos desse contrato entre a Pemex e a Braskem-Idesa foram abrindo um buraco nas contas da petrolífera mexicana. O preço de venda de etano, com descontos da ordem dos 30%, mais os custos de transporte do gás, totalmente a cargo da Pemex, provocaram um prejuízo de mais de US$ 98 milhões só nos dez primeiros meses da vigência do acordo, em 2016.
Em agosto de 2017, Santiago Nieto, então responsável pela Procuradoria Especializada para Delitos Eleitorais (Fepade, na sigla em espanhol), decidiu investigar o financiamento da Odebrecht à campanha de Peña Nieto, através de Emilio Lozoya quando este assumiu o cargo de Diretor-Geral da Pemex.
Três meses depois, em 20 outubro de 2017, Santiago Nieto foi destituído. Razão oficial: “violação do código de conduta da Fepade” pelas declarações que o procurador deu ao jornal mexicano Reforma, nas quais acusou Lozoya de pressioná-lo para isentá-lo de qualquer culpa no processo relativo à Odebrecht.
Obrador, imediatamente, integrou Santiago à direção de sua campanha.

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