Os servidores estaduais do Rio Grande do Sul protestaram nesta terça-feira, 3, contra mais um parcelamento dos salários, que já dura 31 meses. Centenas de servidores ocuparam a Praça da Alfândega, centro de Porto Alegre, em frente à sede do BanriSul.
Até agora receberam salário apenas os servidores que ganham até R$ 1750. Esse valor atende a 131.829 servidores, o que representa 38,7% do funcionalismo do Poder Executivo. Quem recebe acima disso, 62,3% dos funcionários, ainda não recebeu nada.
O vice-governador do estado, José Paulo Cairoli (PSD), responsabilizou a “economia” pela falta de pagamento dos funcionários públicos, afirmando que “se não houver entrada de recurso novo, se não tiver crescimento da economia, nós não vemos essa alternativa [pagar os servidores]. Efetivamente a situação é essa.”, disse o representante do governo de José Ivo Sartori (MDB).
Já o Sintergs (Sindicato dos Professores de Nível Superior) afirma que “comparando os três primeiros anos de cada Governo, Sartori arrecadou 30% mais que o Governo Yeda Crusius e 7% a mais que o Governo Tarso Genro, apenas em ICMS. […] em valores corrigidos, mais de R$ 73 bilhões em ICMS nos três primeiros anos. Tarso Genro chegou à marca de R$ 88,6 bilhões na comparação do mesmo período. E o Governo Sartori arrecadou mais de R$ 95 bilhões.”, argumenta a entidade.
A presidente do CPERS (Sindicato que representa os professores e funcionários de escolas estaduais gaúcha), Helenir Aguiar Schurer, a atual situação precariza o trabalho dos professores e prejudica sua saúde provocando grande “instabilidade emocional nos funcionários e professores muito séria. Nossa categoria está ficando doente depois de 31 meses sem salário.”, ressalta.