O presidente Lula negou, em reunião com as Forças Armadas, um pedido de enviar munição para tanques que seria usada pela Ucrânia na guerra contra a Rússia.
O veto de Lula aconteceu em uma reunião no dia 20 de janeiro, junto com o ministro da Defesa, José Múcio, e com os comandantes do Exército, à ocasião, o general Júlio César Arruda, da Marinha e da Aeronáutica.
O pedido de envio de ajuda foi feito pelo primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, que está tentando envolver outros países no conflito provocado pela Otan.
A intenção da Alemanha é que outros países completem sua entrega de armamentos. O país europeu enviará para a Ucrânia 14 tanques Leopard-2. Além disso, liberou a exportação de armamentos para países que queiram doar para a Ucrânia.
O cálculo do Exército é que o Brasil gastaria R$ 25 milhões no envio de um estoque de munições para Leopard-1, que tem um canhão de calibre 105mm.
Lula tem mantido uma posição de neutralidade em relação ao confronto, o que colocou o país em uma posição de diálogo com os dois lados.
Em entrevista, Lula apontou que a Otan, os Estados Unidos e a Europa, assim como o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, têm participação na disputa que levou à guerra.
O governo da Ucrânia já colocou Lula em uma lista de personalidades que divulgam “propaganda russa”.