Lula autoriza e Marinha faz afundamento controlado do porta-aviões São Paulo

A port quarter view of the French navy's aircraft carrier FOCH (R-99) underway during exercise Dragon Hammer '92.

Com aval de Lula, a Marinha realizou o afundamento controlado do porta-aviões “São Paulo”, que foi abandonado por uma empresa turca na costa brasileira e apresentava riscos ao meio ambiente.

O navio foi afundado a 350 km de distância da costa brasileira e a uma profundidade de 5 mil metros. A área foi selecionada a partir de estudos do Centro de Hidrografia da Marinha e Instituto de Mar Almirante Paulo Moreira.

“O procedimento foi conduzido com as necessárias competência técnica e segurança pela Marinha do Brasil, a fim de evitar prejuízos de ordem logística, operacional, ambiental e econômica ao Estado brasileiro”, disse a Força em nota oficial.

“As análises consideraram aspectos relativos à segurança da navegação e ao meio ambiente, com especial atenção para a mitigação de impactos à saúde pública, atividades de pesca e ecossistemas”, continuou.

O porta-aviões foi vendido para a empresa turca SÖK, em 2021, para que fosse reciclado. A empresa, no entanto, devolveu e abandonou o navio na costa brasileira depois da Turquia recusar recebê-lo.

Devido à recusa da SÖK em apresentar qualquer alternativa, restou ao estado brasileiro “assumir o controle administrativo do casco, de modo a evitar danos ao meio ambiente e preservar a segurança da navegação”.

De acordo com a Marinha, a situação, aliada ao “crescente risco e risco que envolve a tarefa de reboque, em virtude da  deterioração das condições de flutuabilidade do casco e da inevitabilidade de afundamento espontâneo/não controlado”, não seria possível ter outra resposta ao problema.

O casco da embarcação já tinha três perfurações que estavam enchendo o navio de água. O afundamento aconteceria de forma descontrolada, segundo previsões, durante fevereiro.

O afundamento foi liberado pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), na sexta-feira (30).

O caso estava travado devido a possíveis riscos ambientais envolvendo as 9,6 toneladas de amianto presentes no navio. Houve uma movimentação dentro do Ministério do Meio Ambiente para que outra solução fosse buscada, mas o presidente Lula preferiu seguir a palavra da Marinha, que analisou a situação e achou seguro fazer o afundamento no local.

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Respostas de 2

  1. Vocês têm acesso aos documentos oficiais? Conseguem um despacho ou qqr documento assinado pela presidência dando aval para essa operação?

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