As refinarias indianas agora estão usando dirhams – a moeda dos Emirados Árabes Unidos – em vez de dólares norte-americanos para pagar a maior parte do petróleo russo que compram por meio de comerciantes baseados no pequeno país do Golfo, segundo a agência de notícias Reuters, citando na semana passada fontes familiarizadas com o assunto.
As autoridades indianas não apoiaram as medidas contra a Rússia adotadas pelo G7, com os países que o compõem submetidas aos ditames de Washington.
Sob o pretexto de reação ao conflito na Ucrânia, mas com o intuito indisfarçado de asfixiar a economia russa, foi estabelecido um teto de preço de US$ 60 por barril para as exportações de petróleo russo por via marítima, medida anunciada pela União Europeia e G7 em 5 de dezembro do ano passado.
Sanção semelhante foi imposta aos produtos petrolíferos refinados importados da Rússia, a partir de 5 de fevereiro. Ela estabelece teto de US$ 100 por barril de diesel e US$ 45 por barril de óleo combustível.
O State Bank of India, o principal banco do país, está agora liquidando os pagamentos em dirham, disseram as fontes à agência noticiosa Reuters, revelando alguns detalhes das transações. As refinarias indianas fazem a maior parte de suas compras de petróleo bruto russo de comerciantes com sede em Dubai, incluindo Everest Energy e Litasco, uma unidade da petroleira russa Lukoil.
Em julho do ano passado, surgiram relatos na mídia de que a Rússia esperava que alguns compradores indianos pagassem pelo petróleo em dirhams. Mais tarde, as refinarias indianas também se voltaram para o yuan e dirhams para a obtenção do carvão russo.