Segundo o presidente, após 1º de maio serão levados em conta a inflação e o crescimento do PIB como piso do reajuste do salário mínimo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou que irá reajustar o salário mínimo dos atuais R$ 1.302 para R$ 1.320, a partir de maio. O anúncio deverá ser feito no dia 1º do mês, quando é comemorado o Dia do Trabalho. A afirmação foi feita à CNN, numa entrevista que vai ao ar na íntegra nesta quinta-feira (16), às 18h, no canal da emissora.
Segundo o presidente Lula, em maio, além do reajuste, será retomada a política do piso usada em governos petistas, que leva em conta o reajuste da inflação, mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
“Já combinamos com movimentos sindicais, com Ministério do Trabalho, com o ministro Haddad, que vamos, em maio, reajustar para R$ 1.320 o valor do salário mínimo, e estabelecer nova regra para o piso, levando em conta, além da reposição da inflação, o crescimento do PIB, porque é a forma mais justa de distribuir o crescimento da economia”, disse o presidente.
No governo Bolsonaro o salário mínimo não teve aumento real. A exceção ficou por conta da previsão para 2023, em que o governo concedeu um reajuste com aumento real de 1,4%, elevando o salário para R$ 1.302,00. Esse valor vai prevalecer até 1º de Maio, quando Lula elevará para R$ 1.320,00. O movimento sindical reivindica um reajuste que leve o mínimo para R$ 1.342,00. Eles explicam que esse índice já levaria em conta o PIB de dois anos atrás, mais a inflação.
O presidente confirmou também que irá elevar a faixa de isenção do Imposto de Renda para dois salários mínimos, equivalente a R$ 2.640. A promessa de campanha é dar isenção para quem ganha até cinco mil reais. Hoje, a faixa de isenção do IR considera a remuneração até R$ 1.903,98 mensais. “Vamos começar a isentar em R$ 2.640 até chegar em R$ 5 mil de isenção. Tem que chegar, porque foi compromisso meu e vou fazer”, disse.