As irregularidades no depósito de escória de minério da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) localizada na periferia de Volta Redonda, no sul do estado do Rio de Janeiro, e operado pela multinacional norte-americana Harsco Metals, chamou a atenção do Ministério Público Federal (MPF-VR), que começou a apurar as denúncias de contaminação dos moradores da região.
Segundo a população, a montanha de escória (termo utilizado para os rejeitos da produção de aço) está contaminando a região. Em redes sociais, moradores do entorno publicaram fotos e vídeos, mostrando o pó preto dos resíduos, que contém resquícios de metais.
Em nota, o MPF-VR afirma que depois da vistoria, no último dia 4, na montanha de rejeitos de Altos-Fornos e Aciaria, no bairro Brasilândia, “está avaliando perigo e dano à Área de Proteção Ambiental Permanente (APP)”. A montanha de escória fica a apenas 50 metros do Rio Paraíba do Sul, que abastece 12 milhões de pessoas.
“O MPF estuda medidas para responsabilizar a CSN, a Harsco e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), entre as quais, recomendação (para a solução dos problemas); assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e ação civil pública”, aponta o texto do MPF.
A empresa diz garantir que a escória não é danosa à saúde das pessoas, porém especialistas atestam que o pó de escória pode ser fonte de tosse, danos aos pulmões, eczemas, pneumoconiose moderada, faringite, laringite, conjuntivite, e queimadura na mucosa da boca, esôfago e estômago.