No Dia da Independência da Argentina [9 de julho de 1816], uma multidão se concentrou na frente do Ministério de Desenvolvimento Social, em Buenos Aires, sob a consigna “A Pátria não se rende”, manifestando sua rejeição às políticas econômicas do governo.
“Fora Macri”, “Fora Vidal [governadora da província de Buenos Aires]” e “Não ao FMI” foram as frases mais presentes em faixas feitas manualmente pelos manifestantes convocados por sindicatos, associações de bairro, artistas e organizações políticas como Movimento Evita, Livres do Sul, Unidade Popular, Via Campesina, Esquerda Popular, Vamos e Sejamos Livres, entre outras.
“Queremos exigir ao governo nacional a recuperação da independência que perdemos no plano das políticas econômicas e sociais, hoje vítimas do colonialismo imposto pelo acordo com o Fundo Monetário Internacional”, afirmou o presidente da Central de Trabalhadores da Argentina, Hugo Yasky.
A enorme manifestação de segunda-feira retomou o protesto contra o acordo Stand By com o Fundo que, em 25 de maio passado, também reuniu uma multidão no Obelisco, ponto central da capital do país. Com milhares de bandeiras argentinas, houve música, discursos e foi lida uma declaração que afirmou: “Somos um povo digno, com muita memória e sabemos de que se trata tudo isto que padecemos: o colonialismo neoliberal só pode oferecer um destino miserável para as maiorias populares. Por isso nos enfrentamos ao governo de Mauricio Macri, pelo caminho da democracia, nas ruas e o faremos também nas urnas”.
“Hoje teria que ser um dia de alegria, não de protesto”, afirmou Rita, manifestante citada pelo jornal Página 12, apontando que “é triste que no dia de nossa independência tenhamos que estar exigindo não perdê-la, porque o retorno ao FMI significa nem mais nem menos que isso: perder nossa independência, é uma repressão e uma censura a nossa democracia”. Rita destacou a presença desse organismo na memória coletiva do país: “O FMI é a negação total das decisões que podemos chegar a tomar como povo. O povo elegeu um governo para que o represente. Não escolheu o FMI para tomar as decisões”.
Conhecidos atores como Carolina Papaleo, Osmar Núñez, Paola Barrientos, Luisa Kuliok, Daniel Valenzuela, María Ibarreta e Alejandra Darin, presidente da Associação Argentina de Atores, entre outros, se somaram à convocação da manifestação.
Arrriba Argentina!!!!!