“O general Tomás Paiva foi escolhido por Lula por ser um dos mais preparados para o cargo”, destacou o ex-governador de São Paulo
O vice-presidente da República Geraldo Alckmin (PSB), afirmou na terça-feira (7), em entrevista à Rede Globo, que não se pode permitir que alguém use uma área militar para defender um golpe. “Pregar golpe é crime, se você não acredita na democracia, não dispute eleição! Quem não quiser perder eleição, não dispute, e quem perde que trate de fiscalizar e fiscalize bem”, destacou.
Ele se posicionou em defesa do general Tomás Paiva , comandante do Exército, referindo-se ao fato do general ter avalçiado que a vitória de Lula era indesejada entre os militares.
De acordo com o ex-goverador paulista, “o general foi escolhido por Lula” , por ser “um dos mais preparados” para o cargo. Além disso, Alckmin afirmou que “as pessoas podem gostar de um, gostar mais de outro e que ninguém tem unanimidade”.
A fala do general Tomás Paiva se deu quando ele argumentava com os seus pares de farda para que eles respeitassem o resultado das eleições. Na conversa ele admite um fato que era real. Que boa parte dos militares preferia a eleição de Bolsonaro. O que ele estava fazendo nesta conversa vazada era tentar demover as intenções golpistas, estimuladas por Bolsonaro.
O general já havia feito um contundente discurso, antes de ser nomeado comandante, defendendo a legalidade e o respeito às urnas e à democracia. Defendeu, também, que as Forças Armadas não se deixassem arrastar para a politicagem e o golpismo estimulados no país por Jair Bolsonaro e seu entorno. Por isso, inclusive, ele e outros generais legalistas vinham sendo hostilizados pelas milícias bolsonaristas.
Geraldo Alckmin, além de vice-presidente, ocupa o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, também falou sobre a declaração de empenho do presidente da Câmara, Arthur Lira e do Senado, Rodrigo Pacheco para que a reforma tributária saia do papel. Ele disse que a reforma tributária vai contribuir para o crescimento do PIB e destacou que o governo não pode perder o primeiro ano. Ele revelou seu desejo de que isso seja votado, em primeiro turno, ainda no primeiro semestre deste ano.