A General Motors de São José dos Campos (SP) interrompeu o processo de demissões que estava em curso na montadora desde a semana passada. O acordo aconteceu após pressão dos metalúrgicos, que paralisaram as atividades contra os cortes na terça-feira (7) e aprovaram deflagração de greve caso a empresa mantivesse as dispensas.
Após três horas de negociação entre a direção da empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, a GM, que alega um plano de reestruturação, aceitou interromper as demissões até 19 de abril. A empresa também se comprometeu a avaliar o cancelamento das 30 demissões feitas na sexta e segunda-feira passada.
As demissões acontecem após notícias divulgadas pela imprensa internacional de que a GM planeja cortar US$ 2 bilhões em custos em todo o mundo nos próximos dois anos. A montadora também já anunciou a implantação de férias coletivas para 80% da fábrica, para o período de 27 de março a 13 de abril.
“A interrupção do processo de demissões foi um importante avanço na busca pela estabilidade e dará um fôlego para continuarmos na luta em defesa dos empregos. Os planos de reestruturação da GM não podem penalizar os trabalhadores”, disse o vice-presidente do sindicato, Valmir Mariano.
A unidade da GM em São José dos Campos, onde também produz motores e transmissões, tem cerca de 4 mil funcionários.