O deputado federal Fausto Pinato (PP-SP), presidente das Frentes Parlamentares Brasil-China e BRICS, defendeu que a aliança com esses países em desenvolvimento pode ser uma “ponte” para “projetos estruturantes”, emprego e renda para o Brasil.
As duas Frentes foram lançadas na quarta-feira (15), em Brasília, em um evento com representantes das embaixadas dos países membros do BRICS (Rússia, Índia, China e África do Sul).
Fausto Pinato afirmou que o Brasil deve, tanto através do governo federal quanto do Congresso Nacional, estreitar as relações diplomáticas e comerciais com o BRICS, em especial com a China.
As relações comerciais com a China, que hoje são as mais importantes e volumosas do Brasil, precisam se aprofundar, em um acordo “que englobe transferência de tecnologia” e a exportação de produtos de maior valor agregado.
Para o deputado, “o Brasil precisa dar mais ênfase a essas novas oportunidades. Não que o BRICS vá resolver nossos problemas, mas é uma ponte (…) para projetos estruturantes, projetos sustentáveis, para que possamos ter vantagem financeira e gerar emprego e renda aos brasileiros”.
O deputado Acácio Favacho (MDB-AP), secretário-geral das duas Frentes, apontou que o desafio é fazer uma “aproximação diplomática, manter um bom ambiente de negócios e uma boa relação com esses países”.
Em discurso no evento de lançamento das Frentes, Pinato denunciou que “no momento em que o Brasil mais precisou, nós não usamos as plataformas mais essenciais que tínhamos”, como os BRICS e as relações diplomáticas.
Jair Bolsonaro atacou sistematicamente a China e as vacinas contra Covid-19 que foram produzidas no país, mesmo que em parceria com o Instituto Butantan.
O presidente Lula, ao contrário de seu antecessor, está estreitando as relações com a China. Entre os dias 26 e 31 de março, o presidente estará na China com uma grande comitiva de ministros, parlamentares e empresários. No encontro, serão firmados acordos de cooperação tecnológica, preservação ambiental e diversificação do comércio.
As Frentes Parlamentares Brasil-China e BRICS contam com a participação de deputados de diversos partidos, entre eles PT, MDB, PP e PSB.