O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou na última quarta-feira (18) que vai distribuir seu “composto granulado” feito a partir de alimentos prestes a vencer, e não comercializados pelas empresas e redes de supermercado, junto com a alimentação das crianças nas escolas municipais.
A “farinata” foi apresentada como um “alimento completo”. Doria disse no dia 8, que uma xícara desse composto seria “suficiente para alimentar uma criança por um dia e três xícaras alimentam um adulto”.
E em troca dessa “grande benesse” ao povo paulistano, as empresas que doarem os produtos que seriam lixo, receberão diversos incentivos econômicos, entre eles “creditícios, compreendendo a concessão de financiamentos em condições favorecidas, admitindo-se créditos a título não reembolsável […] isenção de Imposto sobre Serviços (ISS), Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU)”, entre outros incentivos fiscais.
O anúncio, que a distribuição terá início ainda este mês, foi feito por Doria em coletiva de imprensa ao lado do arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, na sede da Cúria Metropolitana.
Desde que assumiu a prefeitura, Doria já reduziu a entrega de leite para crianças em 53%, o programa, que atendia crianças de 0 a 14 anos, passou a atender apenas crianças de até cinco anos, e apenas as mais pobres de seis anos; proibiu crianças de repetirem a merenda, alegando que estava cuidando da obesidade infantil; ao mesmo tempo em reduziu a quantidade de alimentos orgânicos na merenda.