O governo do presidente Lula tem, completados três meses de gestão, a aprovação de 38% da população e a reprovação de 29%, nove pontos a menos, registrou pesquisa Datafolha. 30% da população avalia o atual governo como regular.
Comparado com o governo de Jair Bolsonaro, Lula vence na aprovação, que era de 32% (seis pontos a menos), mas empata na reprovação.
Bolsonaro foi o primeiro presidente eleito que não conseguiu se reeleger, excluindo o caso de Fernando Collor, aliado de primeira hora de Jair, que sofreu um impeachment.
Para 37% dos entrevistados, Lula se comporta de forma adequada com o cargo que ocupa o tempo todo, ao passo que 24% apontam que ele o faz quase sempre, completando 61% de aprovação de sua postura.
20% dizem que ele não se comporta bem na maioria das situações, enquanto 18% fazem essa crítica em todas as oportunidades.
A pesquisa Datafolha foi feita entre os dias 29 e 30 de março, tendo ouvido 2.028 pessoas em 126 cidades. A margem de erro apontada é de dois pontos para mais ou para menos.
Os primeiros dias do governo Lula foram marcados pela resistência à tentativa de golpe levada a cabo por bolsonaristas, no dia 8 de janeiro.
O atentado, que teve cooperação de pessoas próximas do ex-presidente, como seu ex-secretário da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, culminou na invasão e depredação do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional.
Em março, aqueceu-se a discussão sobre a necessidade de baixar a taxa básica de juros praticada pelo Banco Central, que é presidido por Roberto Campos Neto, indicado por Bolsonaro.
O Banco Central decidiu manter os juros em 13,75%, deixando o Brasil em primeiro lugar no ranking de maior juro real (descontando a inflação) do mundo. O presidente Lula afirmou que “é irresponsabilidade manter a taxa” nesse valor, pois impede investimentos e destrói empregos.