Em alegação final, nesta segunda-feira, o MP pede condenação de George Washington Souza, Wellington Macedo e Alan Diego por instalarem bomba no local
O MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) — onde tramita ação contra os três bolsonaristas terroristas —, pediu a condenação de George Washington Oliveira, Wellington Macedo e Alan Diego dos Santos Rodrigues presos por envolvimento na tentativa de atentado terrorista com bomba nos arredores do Aeroporto Internacional de Brasília, em dezembro do ano passado.
A alegação final do Ministério Público foi divulgada nesta segunda-feira (10).
De acordo com o MP, a Promotoria Criminal pediu a condenação dos réus pelo crime de explosão, quando se expõe “a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos”, está escrito nas alegações do MP.
PRISÃO E MULTA
A pena prevista para o crime é de 3 a 6 anos de prisão e multa. O MPDFT ainda pediu o aumento da pena em 1/3, já que o crime foi cometido tendo como alvo depósito de combustível.
De acordo com MP, George Washington também é acusado de porte ilegal de arma de fogo.
Segundo o TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios), o caso segue com o andamento regularmente, e o MPDFT apenas apresentou as alegações finais, que é fase do processo que antecede a decisão do juiz.
FELIZMENTE NÃO FOI DETONADO
O artefato explosivo foi encontrado próximo à unidade aeroportuária. De acordo com a investigação da Polícia Civil do DF, a bomba chegou a ser acionada, em 24 de dezembro de 2022, mas não funcionou.
O explosivo foi colocado em caminhão-tanque que entraria no aeroporto. Se detonado, teria provocado imensa tragédia, constatou a investigação.
O motorista do caminhão achou estranho um pacote sobre o caminhão e alertou a polícia.
Os três terroristas usaram como base de preparação das suas ações criminosas o acampamento bolsonarista montado em frente ao QG do Exército em Brasília.
Os bolsonaristas instalaram esse acampamento após a derrota de Bolsonaro na eleição presidencial e pretendiam um golpe para anular o pleito realizado legitimamente.
Após o atentado de 8 de janeiro contra as sedes do STF, Palácio do Planalto e Congresso Nacional, o acampamento golpista foi desmontado.
Em depoimento, Washington afirmou ser apoiador de Jair Bolsonaro (PL) e que tinha a intenção de “causar o caos” antes da posse de Lula.