Os drones foram desativados e alguns destroços caíram dentro dos muros do Kremlin em Moscou
A Rússia acusou nesta quarta-feira (3) o regime de Kiev de tentar assassinar o presidente Vladimir Putin na noite passada com dois drones lançados contra o Kremlin, “ato planejado de terrorismo” que foi frustrado pelos meios de guerra eletrônicos russos.
Vídeo que está circulando nas redes sociais mostra o momento em que um dos drones explode sobre o Senado do Kremlin, que abriga a administração presidencial e também serve como residência de trabalho do chefe de Estado russo. Outras imagens mostraram fumaça e focos de incêndio na cúpula de um dos prédios do Kremlin.
Em comunicado, a Rússia classificou essas ações de “um ataque terrorista planejado e um atentado contra a vida do presidente”, reservando-se “o direito de tomar medidas de retaliação quando e onde julgar apropriado”.
“Dois veículos aéreos não tripulados foram direcionados ao Kremlin. Como resultado de ações oportunas tomadas pelos militares e serviços especiais usando sistemas de radar de guerra, os dispositivos foram desativados”, diz a publicação.
Putin não estava ali no momento do ataque e não foi atingido, relatou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. O presidente russo costuma passar a noite na residência do Kremlin, onde tem passado muito tempo ultimamente.
O desfile pelo Dia da Vitória sobre Hitler na II Guerra Mundial acontecerá conforme planejado em 9 de maio na Praça Vermelha, afirmou Pekov, observando que o ataque aconteceu “antes do desfile, quando convidados estrangeiros planejam estar presentes”.
Atualmente, Putin está na residência presidencial em Novo-Ogaryovo, na região de Moscou, a oeste da capital, acrescentou o porta-voz, assinalando que a agenda do presidente continuará “como planejado”.
O regime de Kiev apressou-se a negar qualquer culpa no cartório, apesar de já ter sido flagrado admitindo, ou comemorando, atentados contra alvos russos, de pessoas a pontes.
A filha do pensador russo tradicional Alexandr Dugin foi explodida em um atentado nas imediações de Moscou. Outro atentado explodiu parcialmente a ponte de ligação com a Crimeia. Um jornalista do Donbass foi explodido em um bar de Moscou. Em todos esses atentados, foram identificadas as digitais dos serviços secretos ucranianos e a participação de neonazis.
O regime de Kiev também usou drones várias vezes para explodir infraestruturas civis no interior da Rússia, longe das fronteiras e da linha de frente.
O presidente da Duma [câmara baixa do parlamento russo], Vyacheslav Volodin pediu a Moscou que use todas as armas necessárias para remover o “regime nazista” em Kiev. “O ato terrorista contra o presidente é um ataque à Rússia”, disse Volodin.
“Zelensky, que deu ordens para realizar ataques terroristas, agora está em pé de igualdade com outros terroristas internacionais”, acrescentou, referindo-se ao presidente ucraniano. Ele alegou ainda que os “métodos criminosos” da Ucrânia se tornaram evidentes para o mundo inteiro, acusando-o de táticas, incluindo chantagem nuclear, assassinato de figuras públicas e políticas, sabotagem de infraestrutura civil e atentados contra a vida de Putin. Volodin concluiu apontando que os países ocidentais que estão entupindo o regime de Kiev com armas são agora “cúmplices diretos” de atividades terroristas.