
“Recursos serão destinados ao desenvolvimento de projetos estruturantes e estratégicos, que levarão à conquista da autonomia tecnológica do Brasil”, destacou a ministra Luciana Santos
Nesta sexta-feira (5), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) firmaram nesta sexta-feira (5), em São José dos Campos, no interior paulista, contratos para o desenvolvimento de projetos estruturantes da indústria aeronáutica e espacial do Brasil.
Os recursos são de subvenção econômica à inovação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e, portanto, não reembolsáveis. Os contratos foram assinados pela ministra Luciana Santos durante evento em comemoração aos 30 anos da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB). Também estiveram presentes o diretor de Inovação da Finep, Elias Ramos de Souza, o vice-governador do Estado de São Paulo, Felício Ramuth, o presidente da AIAB, Julio Shidara, o prefeito de São José dos Campos e os executivos das empresas.
“Os recursos que anunciamos são destinados ao desenvolvimento de projetos estruturantes e estratégicos, que levarão à conquista da autonomia tecnológica do Brasil em setores que atuam na ponta da pirâmide de agregação de valor”, disse Luciana.
Segundo a ministra, os projetos desenvolverão tecnologias para a aviação do futuro, que envolvem temas como eletrificação e automação, e um satélite óptico de alta definição, que poderá ser usado para monitoramento e vigilância de florestas, rios e mares, proteção de terras indígenas, defesa e segurança pública.
“Os investimentos na indústria aeroespacial têm repercussões para além do setor, como na educação e na formação de mão de obra especializada. Ao criar demanda por profissionais especializados, os incentivos à indústria aeroespacial estimulam as universidades e centros de pesquisa a produzir conhecimento. Além disso, criam oportunidades para novas startups e empresas de tecnologia de pequeno e médio porte, gerando emprego de alta qualidade e reduzindo a fuga de cérebros”, ressaltou.
EDITAIS
A cerimônia de assinatura dos contratos aconteceu nesta sexta-feira (5 de maio) durante evento em comemoração aos 30 anos da AIAB (Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil), ocorrido em São José dos Campos (SP). Estiveram presentes a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, o diretor de Inovação da Finep, Elias Ramos de Souza, o Vice-Governador do Estado de São Paulo, Felício Ramuth, o presidente da AIAB, Julio Shidara, o prefeito de São José dos Campos e os executivos das empresas.
Selecionados em dois editais da Finep, os quatro projetos liderados pelas empresas Embraer, Visiona, Akaer e ACS, que juntas irão investir mais R$75 milhões nas pesquisas, a título de contrapartida financeira, são considerados estratégicos e deverão elevar a autonomia tecnológica nacional nos setores aeronáutico e espacial.
No edital Plataformas Demonstradoras de Novas Tecnologias Aeronáuticas – as três propostas vencedoras englobam o desenvolvimento de aeronaves e de tecnologias para a aviação do futuro, baseada em propulsão mais sustentável ambientalmente, como a elétrica, e na navegação não-tripulada e mais autônoma. As tecnologias serão desenvolvidas pela Embraer, kaer e ACS, em parceria com outras empresas do setor.
Já o Edital Satélite de pequeno porte de observação da terra de alta resolução, uma parceria entre a Finep e a Agência Espacial Brasileira (AEB), selecionou um projeto, apresentado pela Visiona Tecnologia Espacial S.A., que irá desenvolver, também em parceria com outras indústrias, um satélite óptico de alta definição. A tecnologia dará ao país autonomia para produzir imagens do espaço necessárias para diversas necessidades do Estado e da sociedade, como o monitoramento e vigilância de florestas, rios e mares, a proteção de terras indígenas contra garimpos ilegais e invasões, e a identificação de ilícitos fronteiriços e da pesca ilegal. O satélite poderá, ainda, ser utilizado para Defesa e segurança pública. A Finep e a AEB acompanharão conjuntamente essa proposta.
Para a ministra Luciana Santos, os projetos selecionados nos dois editais levarão à conquista da autonomia tecnológica do Brasil em setores que atuam na ponta da pirâmide de agregação de valor e terão impacto para além da cadeia aeroespacial.
Ela disse, ainda, que os investimentos na indústria aeroespacial têm repercussões para além do setor, como na educação e na formação de mão de obra especializada. “Ao criar demanda por profissionais especializados, os incentivos à indústria aeroespacial estimulam as universidades e centros de pesquisa a produzir conhecimento. Além disso, criam oportunidades para novas startups e empresas de tecnologia de pequeno e médio porte, gerando emprego de alta qualidade e reduzindo a fuga de cérebros”, ressaltou.
De acordo com o diretor de Inovação da Finep, Elias Ramos de Souza, o apoio a projetos estruturantes do setor aeroespacial brasileiro demonstra o compromisso da Finep com a reindustrialização do país, baseada em inovação. “Desta forma, é possível elevar a competitividade mundial da nossa indústria aeronáutica e garantir a soberania nacional em tecnologias espaciais estratégicas”, disse.
“Estamos muito felizes em dar continuidade à nossa longeva parceria com a Finep e poder contribuir com o avanço de tecnologias e transbordamento dos conhecimentos para outros setores da economia brasileira, avançar na agenda de descarbonização do planeta e gerar benefícios sócios-econômicos ao Brasil, por meio da inovação, ciência e tecnologia”, disse Henrique Langenegger, Engenheiro-Chefe da Embraer.