O presidente da Associação Brasileira de Investidores (Abradin), Aurélio Valporto, lembrou que a cada ponto percentual na taxa equivale a uma despesa anual do governo com juros de cerca de 75 bilhões de reais
O economista Aurélio Valporto, presidente da Associação Brasileira de Investidores (Abradin), criticou a decisão do Banco Central de manter a taxa Selic em 13,75% na última reunião do Copom (Conselho de Política Monetária), realizada na quarta-feira (3) na sede do BC.
“Optar por manter os juros reais, os mais altos do mundo, sem nenhuma conexão com o processo inflacionário brasileiro, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, passou não só um atestado de desconexão, mas também de teimosia”, denunciou o economista, em entrevista ao HP.
“Os maiores economistas do planeta, entre eles, o prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz e o criador do Plano Real, o pai da teoria do plano que acabou com a inflação descontrolada no Brasil, André Lara Resende, já avisaram do enorme erro que está sendo cometido pela autoridade monetária e, consequentemente, do gigantesco prejuízo econômico, que está causando ao manter as taxas de juros no atual patamar”, acrescentou Valporto.
Ele destacou que o BC está desconectado do mundo real e, com essa teimosia, está agravando a crise econômica. “Já no mundo real, os que de fato produzem e ditam os preços da economia, tivemos o presidente da Fiesp, bem como o da Confederação Nacional da Indústria, afirmando que as taxas de juros estão levando as empresas à bancarrota, que estão demitindo e dando férias coletivas”, assinalou o economista.
“No meio econômico, o presidente do Banco Central está isolado, não há um só economista de renome que apoia a manutenção dos juros no atual patamar”, observou o presidente da Abradin.
“Os maiores economistas do planeta, entre eles, o prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz e o criador do Plano Real, o pai da teoria do plano que acabou com a inflação descontrolada no Brasil, André Lara Resende, já avisaram do enorme erro que está sendo cometido pela autoridade monetária e, consequentemente, do gigantesco prejuízo econômico, que está causando ao manter as taxas de juros no atual patamar”
“Para completar, a cada ponto percentual na taxa equivale a uma despesa anual do governo com juros de cerca de 75 bilhões de reais. Se os juros fossem apenas cinco pontos mais baixos, e ainda assim a taxa do Brasil seria alta, o governo economizaria cerca de 400 bilhões de reais por ano em despesas com juros. No final das contas, ao manter as taxas estratosféricas, o Banco Central se transformou em uma formidável máquina de produzir déficit público”, completou o especialista.
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