Mauro Cid foi preso em 3 de maio e na sua casa foram encontrados US$ 35 mil (equivalentes a R$ 175 mil) e R$ 16 mil em espécie. Investigações de lavagem de dinheiro continuam
A perícia da Polícia Federal no celular do tenente-coronel Mauro Cid revelou conversas sobre remessas de dinheiro para fora do país. As movimentações são consideradas suspeitas pela investigação. Cid foi preso no dia 3 de maio em uma operação da PF que investiga a falsificação dos cartões de vacinação de Bolsonaro e seus familiares.
O tenente-coronel foi ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. O ex-presidente também foi alvo de buscas na operação. Trocas de mensagem mostram um provável operador da conta que seria do tenente-coronel nos Estados Unidos. Com esses indícios, a PF vai pedir a quebra do sigilo da conta, que será feita por meio do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional do Ministério da Justiça (DRCI).
No dia da operação, a PF encontrou US$ 35 mil (equivalentes a R$ 175 mil) e R$ 16 mil em espécie em um cofre na casa de Mauro Cid. Agora, ele é suspeito também por lavagem de dinheiro. Atualmente, Mauro Cid é investigado em pelo menos quatro inquéritos: fraude de cartões de vacinação, caso das joias sauditas, milícias digitais e os atos golpistas de 8 de janeiro.
Jair Bolsonaro e outras 15 pessoas também foram alvos da operação da PF que investiga um esquema montado na Baixada Fluminense de falsificação de cartões de vacina. Ao todo, seis pessoas foram presas, incluindo Mauro Cid. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito das milícias digitais.
Um grupo ligado a Bolsonaro falsificou os dados no ConecteSUS para emitir certificados fraudados de vacinação contra a Covid-19. Cartões foram forjados, incluindo o de Jair Bolsonaro e da filha dele. No entanto, a PF também descobriu que Cid, a esposa e as três filhas também emitiram certificados com informações falsas.
Em relação ao cartão de vacinação contra a Covid-19 de Bolsonaro e da filha dele, a PF identificou que as informações falsas foram colocadas nos sistemas do Ministério da Saúde poucos dias antes do então presidente viajar para os Estados Unidos, em dezembro de 2022.