Em mais um ataque à Petrobrás, o Conselho de Administração da Transpetro aprovou, na sexta-feira, 13 de julho, o novo estatuto da subsidiária da estatal. O artigo 8º retirado do estatuto permite a privatização da Transpetro.
“As transferências de ações ordinárias com direito a voto, ou as subscrições de aumento do capital por outros acionistas, na hipótese de deixar a Companhia de ser uma subsidiária integral, não poderão reduzir a participação da Petróleo Brasileiro S.A.- Petrobras a menos de 50% (cinquenta por cento) mais uma ação ordinária, representativas do capital votante da Companhia“, dizia o artigo que foi abolido, segundo denúncia feita pela conselheira Fabiana Graças Silva dos Anjos, representante dos trabalhadores no Conselho.
A tentativa de desmontar a Transpetro não é de hoje. Em 15 de janeiro de 2016, durante o governo Dilma Rousseff, o então diretor financeiro da Petrobrás, Ivan Monteiro, atual presidente da estatal, chegou a anunciar a possível venda da subsidiária. Monteiro era o braço direito do presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine, hoje preso pela Lava Jato. O mesmo Bendine que colocou no plano de “desinvestimento” a BR Distribuidora, Gaspetro, o campo de Carcará no pré-sal , entre outros ativos da estatal.
A Petrobras Transporte S.A. (Transpetro) une as áreas de produção, refino e distribuição do Sistema Petrobrás. É a subsidiária responsável pelo transporte e a logística de combustível no Brasil. Atua ainda nas operações de importação e exportação de petróleo e derivados, gás e etanol, com instalações em 20 das 27 unidades federativas do país. Possui mais de 14 mil quilômetros de oleodutos e gasodutos, 47 terminais (20 terrestres e 27 aquaviários) e 56 navios.
É esse patrimônio que o governo Temer está tentando entregar para os estrangeiros, junto com as refinarias e o gasoduto Transportadora Associada de Gás (TAG).