Agora os preços vão ser calculados pelo custo de produção da Petrobrás, que é muito mais baixo do que os preços internacionais. Nova direção da estatal anunciou a medida nesta terça-feira (16)
A direção da Petrobrás anunciou a nova estratégia comercial para definição de preços de diesel e gasolina da Petrobrás nas refinarias, em substituição à política de paridade internacional (PPI) que submetia os preços internos ao dólar e ao mercado internacional, penalizando o povo brasileiro, que, em última instância, é o dono do petróleo extraído pela Petrobrás.
De acordo com a estatal, “o anúncio encerra a subordinação obrigatória ao preço de paridade de importação, mantendo o alinhamento aos preços competitivos por polo de venda, tendo em vista a melhor alternativa acessível aos clientes”. Ou seja, como disse o presidente Lula, o preço dos combustíveis foi “abrasileirado”.
“Vamos continuar seguindo as referências de mercado, sem abdicar das vantagens competitivas de ser uma empresa com grande capacidade de produção e estrutura de escoamento e transporte em todo o país”, destacou o presidente, Jean Paul Prates.
Segundo nota da estatal, divulgada nesta terça-feira (16), a nova estratégia comercial usa referências de mercado como o custo alternativo do cliente, com o valor a ser priorizado na precificação, sejam fornecedores dos mesmos proudutos ou de produtos substitutos, e o valor marginal para a empres, baseado no custo das companhias, dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino.
O novo modelo vai considerar a participação da Petrobrás e o preço competitivo em cada região e as reinarias da estatal.
Segundo a Petrobrás, “os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.
De acordo com a Federação Única dos Petroleiros, que comemorou a decisão: nos seis anos de PPI, os preços para o consumidor brasileiro explodiram: gerou um aumento de 223,8% do botijão de gás de cozinha de 13 quilos (GLP, na refinaria; uma alta de 61,9% no barril de petróleo – em reais – e um crescimento de 112,7% na gasolina e de 121,5% no diesel.
“Depois de quase sete anos assombrando o povo brasileiro, o pesadelo chega ao fim”, declarou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.