O PDT confirmou em convenção nacional realizada nesta sexta-feira (20) em Brasília a escolha de Ciro Gomes como candidato à Presidência da República. O ex-ministro e ex-governador do Ceará foi escolhido por aclamação pelos filiados que participaram do evento.
Ele defendeu um novo “projeto nacional de desenvolvimento” com apoio à indústria e ao comércio nacionais, que, na avaliação dele, estão “sofrendo”. “O Brasil é o país que mais destrói as próprias indústrias no capitalismo mundial”, acrescentou.
“O colapso da economia brasileira atinge também de forma grave aqueles que estão na ponta da nossa indústria e da nossa produção. Também para eles, um projeto nacional de desenvolvimento é de igual forma urgente”, disse o candidato.
“A pretexto de austeridade fiscal, essa gente quebrou o país. O Brasil nunca esteve tão fragilizado nas contas públicas”, declarou. “Não nos iludamos, o Brasil precisa mudar! O importante setor do comércio, grande fonte de trabalho para nosso povo, também está sofrendo. Entre 2013 e 2016, mais de 70 mil estabelecimentos comerciais foram fechados no Brasil, aumentando ainda mais o numero de brasileiras e brasileiros na fila do desemprego”, denunciou Ciro.
PSC e PSTU
Outros dois partidos optaram por fazer seus encontros logo no primeiro final de semana. O PSC, que oficiou o ex-presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro como candidato e o PSTU, que lançou o nome de Vera Lúcia como candidata a presidente e o professor Hertz Dias, da rede pública do Maranhão, como vice.
Em março deste ano, Paulo Rabello de Castro deixou a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para se filiar ao partido. Em 2016, ele foi presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no governo de Michel Temer. É economista e tem mestrado e doutorado pela Universidade de Chicago.
Vera Lúcia tem 50 anos e militou no PT, mas foi expulsa do partido em 1992 junto com integrantes do grupo político Convergência Socialista, que anos depois fundou o PSTU. Ela foi candidata a prefeita de Aracaju em 2012 e é graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Sergipe (UFS).
PMN
PMN rejeitou em convenção nacional neste sábado (21), em Brasília, a escolha de Valéria Monteiro como candidata à Presidência da República. O partido tinha vetado candidatura própria, mas a jornalista recorreu da decisão na Justiça, que assegurou a análise do nome durante a convenção nacional. O nome foi rejeitado pelos dirigentes nacionais. Durante a convenção, além de não ter candidatura própria, a legenda decidiu ainda não apoiar a candidatura de outro partido durante o primeiro turno.
Antes da análise do nome da candidata, Valéria Monteiro pediu para falar e o presidente da legenda, Antonio Carlos Massarollo negou, com o argumento de que ela não é convencional. A negativa causou tumulto e Massarollo pediu à segurança para retirá-la do evento.
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