Os bombardeios perpetrados pelos EUA contra a cidade de Raqqa, dita “capital” do bando terrorista Estado Islâmico, deixou a cidade em ruínas, tornando 300 mil habitantes refugiados, agora sem abrigo, e com dificuldade de acesso a água potável, medicamentos ou alimentação. Desde janeiro, os EUA jogaram mais de 3 mil bombas de forma indiscriminada sobre a cidade ocupada pelo EI, matando pelo menos 3.250 pessoas (informação do, no caso, insuspeito Observatório Sírio para os Direitos Humanos, sediado em Londres e que desde o início do conflito atua em favor dos grupos que tentavam derrubar o governo sírio).
O jornalista norte-americano, Roy Gutman, em sua matéria “Os Estados Unidos dizem estar destruindo Raqqa para salvá-la dos terroristas, enquanto os civis que se danem”, publicada no portal The Daily Beast, denuncia que os bombardeios atingiam os residentes ou os que tentavam fugir para salvar suas vidas: “Bairros inteiros estão sendo aplainados pelos bombardeios, com pouca ou nenhuma consideração pelos civis que não conseguiram fugir do interior. É como lançar uma bomba nuclear por etapas”.
Soldados dos EUA, que invadiram a Síria a pretexto de combate ao terrorismo, violando a soberania do país, aparecem na mídia comemorando a ‘queda do Estado Islâmico em Raqqa’ ao lado das Forças Democráticas Sírias, de etnia curda, que por sua vez se apóiam nos invasores dos EUA na expectativa de dividir a Síria.
A destruição foi apontada pelo porta-voz do Secretário-Geral das Nações Unidas, Stéphane Dujarric, como um dos motivos pelos quais “grande parte da cidade está danificada ou destruída”.
O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, condena os bombardeios de “áreas residenciais ocupadas por civis, conduzidos pelos Estados Unidos, juntamente com a destruição deliberada de todas as fontes de água de Raqqa, não trouxeram nada além de milhares de vítimas civis”.