Os empregos domésticos sofreram cortes expressivos em 2018, até maio, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram extintos 233 mil postos de trabalho, considerando-se trabalhadores com registro e na informalidade.
No mesmo sentido, os números do E-social demonstram uma queda de 14,5%, no mesmo semestre, do número de empregadores que declararam manter algum empregado doméstico. Em dezembro de 2017 eram 1.320.362 milhões esses empregadores, caindo para 1.127.984 milhões em junho deste ano.
Os números acompanham a queda de renda, em especial das famílias de classe média, que passaram a assumir as tarefas domésticas ou, na melhor das hipóteses, passam a se utilizar apenas dos serviços de diaristas. O Brasil ocupa mais de 6 milhões de pessoas nessas atividades, o maior grupo no mundo. São três empregados para cada grupo de 100 habitantes.
Em outubro de 2017 o IBGE registrou que o trabalho doméstico contribuía para reduzir o número de desempregados, ao gerar 177 mil novos empregos. Os dados mais recentes demonstram que mesmo esse tipo de trabalho de baixa remuneração, não vem conseguindo sustentar-se diante da queda de renda e a falta de perspectivas de melhoras da economia, do emprego e da renda.