A economia brasileira recuou 1,5% em maio em relação ao mês anterior, segundo dados do Monitor do PIB da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgados na terça-feira, 24. Considerando-se os últimos três meses (fevereiro, abril, maio), o recuo foi de 1% e, em comparação com maio do ano passado, a queda foi de 1,8%.
O coordenador do Monitor do PIB-FGV, Cláudio Considera, seguiu a mesma ladainha repetida por outros correligionários da falsa “recuperação” econômica de Temer e Meirelles, e tentou culpar a greve dos caminhoneiros pelo péssimo desempenho da economia.
O sr. Considera, no entanto, não considerou que já no primeiro trimestre desde ano, segundo os dados que ele próprio divulgou, o monitor do PIB da FGV detectou, na média trimestral, uma queda de 1,6% contra a média do ano anterior.
Esse trimestre encerrou em março, quando não havia greve de caminhoneiros alguma.
Os dados mensais do monitor do PIB são, aliás, típicos de oscilações dentro de uma depressão – caíram de janeiro a março, subiram em abril, voltaram a cair em maio.
As demais estimativas do PIB seguem o mesmo padrão.
Na semana passada, dia 16, o Banco Central (BC) divulgou o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que é considerado uma prévia para o PIB, e apontou que a economia brasileira já estava com queda -0,49% no ano, antes da greve.
Na série dessazonalizada (com as variações típicas para o período do ano) na comparação com o mês anterior, a prévia do PIB do Banco Central foi negativa em janeiro (-0,52), variou próximo de zero em fevereiro (0,3), foi negativa em março (-0,33), voltou a variar próximo de zero em abril (0,5) e desabou em maio (-3,34).