O ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, criticou a privatização dos portos neste domingo (4) ao comentar o aumento de quase 1.000% das tarifas do Porto de Vitória, no Espírito Santo, em menos de um ano depois de ser privatizado e aproveitou para alfinetar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) pelos embates que teve com ele sobre a entrega no Porto de Santos à iniciativa privada.
A concessionária Vports, responsável pelos portos de Vitória e Barra do Riacho no Espírito Santo, reajustou a tarifa para R$ 12.104,29 por embarcação, o que representa um aumento de 996,9% em relação aos R$ 1.103,50 cobrados anteriormente por navio. A nova tabela tarifária está em vigor desde a última quinta-feira (1).
O Twitter, o ministro comentou uma matéria veiculada pelo jornal capixaba A Tribuna sobre o tema e destacou que o aumento exorbitante dos preços das tarifas do porto da capital do Espírito Santo aumentou exatamente por ter sido privatizado.
“O tempo é o senhor da razão! Sempre afirmamos que privatizar um Porto causaria aumentos astronômicos nas tarifas. A verdade chegou: privatizado há menos de 1 ano, o Porto de Vitória aumentou em 1000% a tarifa !!! O que Tarcísio e muitos seguidores diziam que eu mentia!”, escreveu o ministro.
O tempo:senhor da razão !
Sempre afirmamos q privatizar um Porto iria causar aumentos astronômicos nas tarifas. A vdd chegou: privatizado há menos de 1 ano, o Pt de Vitória aumentou em 1000% a tarifa !!! O @tarcisiogdf e mts seguidores diziam q eu mentia! https://t.co/YO1k2iH3zZ
— Márcio França (@marciofrancasp) June 4, 2023
A Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), responsável pela administração dos portos de Vitória e de Barra do Riacho, ambos no Espírito Santo, foi privatizada em março de 2022 durante o Governo Bolsonaro.
O fundo de investimentos Shelf 119 Multiestratégia, da gestora Quadra Capital, arrematou a empresa por R$ 106 milhões e passou a ser o responsável pela gestão da administradora de portos pelos próximos 35 anos.
Essa foi a primeira privatização feita no país de uma companhia docas, que são as autoridades portuárias, ligadas ao governo federal, responsáveis por gerir os portos existentes em cada estado.