Resultado aumento cerco para Campos Neto, presidente do BC, reduzir juros
A prévia do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) de junho recuou -1,95%, acentuando a deflação após cair -1,13%, no mesmo período de leitura de maio, conforme divulgou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (12).
O IGP-M fechou no acumulado dos últimos doze meses até maio em deflação de -4,47%, se o resultado de junho confirmar nova deflação serãos três meses seguidos de redução acumulada do índice. Em abril, o índice caiu 0,95%.
A contração foi puxada por deflação do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), com maior peso no índice (60%), que recuou 2,74%, ante queda de 1,74% no mesmo período de maio.
Fica cada vez mais difícil para Campos Neto, presidente do Banco Central, tentar justificar a manutenção dos 13,75% a.a. da taxa básica de economia, a Selic, a maior taxa de juros reais entre todos os países do mundo, ou um pouco mais de 8% a.a., sangrando o Tesouro Nacional.
O custo social da dívida pública é enorme. O país está paralisado e as empresas não investem.
Os mais representativos líderes do empresariado, da indústria, do comércio e serviços não financeiros vêm se manifestando contra o abuso de manter a Selic no nível atual. Os líderes sindicais dos trabalhadores vêm batendo na mesma tecla e o BC nem faz qualquer aceno de redução da taxa, mas não poderá manter sua obsessão, contra o Brasil.
O IGP–M é um indicador usado para medir a inflação de vários estágios da economia, desde os preços pagos no atacado até o consumidor final e é usado em reajuste de tarifas públicas, como energia e telefonia, em contratos de aluguéis e em contratos de prestação de serviços.
Além do IPA, compõem o IGP-M o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), com peso de 30%, e o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), com 10%.