A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, chamou a política de juros altos mantida pelo Banco Central de “sabotagem” ao país e convocou a sociedade brasileira para um “movimento amplo contra os juros altos e pelo desenvolvimento”.
O PT vai fazer parte da jornada nacional contra os juros altos, que vai acontecer entre os dias 16 de junho e 2 de julho, com “atos, caminhadas, panfletagem e reuniões em todo o Brasil”.
“A maior taxa de juros reais do planeta foi imposta ao país pela diretoria do Banco Central, indicada por Bolsonaro, e que só vai sair no ano que vem. Todos os indicadores econômicos provam que os juros já deviam ter caído há muitos meses”, denunciou a dirigente do PT.
“A inflação está diminuindo e o dólar também, mas o Banco Central bolsonarista insiste em manter a taxa nas alturas, sabotando o Brasil”, continuou.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e seus diretores mantém a taxa básica de juros em 13,75%. Como a inflação acumulada dos últimos 12 meses está em 3,94%, os juros reais mantidos pelo BC estão em 9,81%.
Os juros altos, como falou Gleisi Hoffmann, atrapalham e servem de “trava” para a economia, uma vez que impedem investimentos.
“É para mudar essa situação que estamos convocando a sociedade brasileira em um movimento amplo contra os juros altos”, afirmou Gleisi em publicação feita nas redes sociais.
No vídeo, a presidente do PT citou medidas positivas do governo Lula para a economia, como a redução dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha, causada pela mudança na política da Petrobrás.
“Não tem mais aquela coisa maluca de cobrar em dólar por uma gasolina que é produzida aqui no Brasil”, disse.
O governo também “está incentivando a indústria, com redução de impostos para aumentar as vendas e garantir investimentos”.
“A roda da economia tem tudo para voltar a girar e o país voltar a crescer. Mas, para isso, é necessário mudar a política de juros absurdamente altos, que é uma verdadeira trava para o investimento e o crédito das pessoas e empresas”, completou.
O presidente Lula já criticou diretamente a política de juros do Banco Central. Segundo ele, é “irresponsabilidade do Banco Central manter a taxa de juros a 13,75%”.