“O programa apoia a indústria automobilística ao mesmo tempo que facilita o acesso ao carro novo e alimenta o comércio de carros usados”, declarou Geraldo Alckmin
O governo federal decidiu prorrogar por mais 15 dias o desconto exclusivo para pessoas físicas na compra de carro zero. A prorrogação consta na portaria assinada pelo presidente interino e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, que foi publicada na terça-feira (20), em edição extra do Diário Oficial da União.
“O programa apoia a indústria automobilística ao mesmo tempo que facilita o acesso ao carro novo e alimenta o comércio de carros usados”, declarou Geraldo Alckmin.
De acordo com a Anfavea, só este ano até maio 15 fábricas pararam a produção por falta de demanda, agravada pela altas taxas de juros no financiamento.
Segundo o governo, as operações para empresas e demais modalidades do programa, como compra de ônibus e caminhões, por exemplo, serão liberadas a partir desta quarta-feira (21). O desconto direto ao consumidor se dá por meio do aporte de R$ 1,5 bilhão concedido pela União por meio de renúncias fiscais. São R$ 500 milhões para carros, R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para ônibus.
Nos carros, os descontos patrocinados pelo governo vão de R$ 2 mil a R$ 8 mil e são válidos para veículos novos com preços de mercado de até R$ 120 mil. As montadoras podem aplicar descontos adicionais por conta própria, como vem ocorrendo.
Até o momento, foi autorizado pela pasta o uso de R$ 320 milhões em créditos tributários para a venda de carros com desconto, o que equivale a 64% do volume colocado à disposição. No caso dos caminhões e ônibus, os descontos vão de R$ 33,6 mil a R$ 99,4 mil.
Para o vice-presidente Geraldo Alckmin, os resultados até agora confirmam o acerto da decisão do presidente Lula. “O programa apoia a indústria automobilística ao mesmo tempo que facilita o acesso ao carro novo e alimenta o comércio de carros usados”, afirmou.
De acordo com o governo, o programa “é uma ação de curto prazo, com objetivo de atenuar a crise em um setor que responde por 20% do PIB da indústria de transformação e está com 50% de sua capacidade instalada ociosa. Quando os recursos disponíveis se esgotarem (R$ 1,5 bilhão), o programa termina”, diz a nota do MDIC.