O Twitter se recusou a entregar à CPMI do Golpe as informações de contas que foram suspensas e que divulgaram conteúdo golpista nos ataques em Brasília.
A empresa é propriedade do bilionário de extrema-direita Elon Musk, que já defendeu golpes de Estado em países pobres para favorecer seus negócios.
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Golpe, que investiga os atos de financiamento, incentivo, organização e execução do golpe do dia 8 de janeiro, aprovou um requerimento do deputado Duarte (PSB-MA) para que o inquérito pudesse verificar a ação dos golpistas nas redes sociais.
O Twitter reclamou de um “desafio técnico-operacional” e disse que não fornecerá os dados.
De acordo com o requerimento aprovado, a empresa tem que fornecer os dados de todas as contas excluídas pela plataforma entre outubro de 2022 e maio de 2023 e identificar os perfis que compartilharam conteúdos relacionados aos ataques em Brasília que foram removidos e informar o motivo da punição.
Além disso, os deputados e senadores pediram um relatório das denúncias que foram apresentadas contra perfis e publicações e das eventuais providências que foram tomadas.
O requerimento ressalta “o papel central das redes sociais na disseminação e ampliação dos atos ocorridos no dia 08 de janeiro”.
“O Twitter tem sido um espaço utilizado por golpistas para incitar a violência, atos de ruptura democrática, ataque às instituições e autoridades públicas”, argumentou o pedido.
A empresa estrangeira, no entanto, falou que “seria irrazoável impor ao Twitter Brasil a obrigação de fornecer todas as informações requisitadas”.
Depois que Elon Musk comprou o Twitter, a rede social passou a responder os jornalistas com um emoji de cocô.
A Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e Whatsapp, foi alvo do mesmo requerimento e pediu quatro semanas para responder com as informações.