
“Para que preciso de pés se tenho asas para voar?”, dizia a célebre militante, que transformou a sua dolorosa e trágica existência em compromisso com a humanidade e a obra de “Marx, Engels, Lenin, Stalin e Mao”. “Os amo como pilares do novo mundo comunista”, afirmava
A exposição “Frida Kahlo – Uma Biografia Imersiva” está em cartaz de terça a domingo, das 10 às 20 horas, até o dia 27 de agosto, no Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana, no Rio de janeiro, aproximando o público do universo criativo de uma das mais importantes pintoras mexicanas e latino-americanas.
No local, mais de uma centena de obras plásticas, literárias e fotográficas ganham vida em uma mostra com projeções 360 em paredes e pisos que fundem arte, tecnologia e narrativa emocionante para todos os públicos. A exposição, que percorre o mundo, já foi visitada por centenas de milhares de pessoas.
São 13 ambientes que narram a vida da pintora sem a necessidade de apresentar fisicamente suas obras originais, revisitando a biografia de Frida por meio de coleções de fotografias históricas, filmes, ambientes digitais, instalações artísticas, com música originalmente criada para reproduzir os momentos mais relevantes da atribulada vida.
Autora da célebre frase “Para que preciso de pés quando tenho asas para voar?”, Frida transcendeu a sua dolorosa e trágica existência, transformando-se em símbolo de força feminina e determinação diante das adversidades.
UM POUCO DA HISTÓRIA
Filha de pai alemão e mãe espanhola, Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón nasceu na vila de Coyoacán, no México, em 6 de julho de 1907, tendo a saúde debilitada desde pequena. Aos seis anos contraiu poliomielite, o que lhe deixou uma sequela no pé e aos 18 anos sofreu um grave acidente de ônibus, que a manteve hospitalizada durante longo tempo.

Mesmo incapacitada de andar, Frida passou a pintar sua imagem, com um espelho à frente e um cavalete adaptado à cama. Recuperada, passou a estudar desenho e modelagem na Escola Nacional Preparatória do Distrito Federal do México, vindo a filiar-se em 1928 ao Partido Comunista Mexicano. Na militância, conheceu o pintor Diego Rivera, referência do “Muralismo Mexicano”, com quem se casou em 1929, aos 22 anos. Em 1930, Frida engravida, mas sofre um aborto espontâneo. São várias as tentativas de ter um filho, assim com os abortos.
No Diário de Frida, a artista afirma sua identidade comunista e exorta o seu amor à humanidade. “Hoje como nunca estou acompanhada. Há 25 anos sou comunista. Sei as origens centrais. Se unem em raízes antigas. Li a História do meu país e de quase todos os povos. Conheço seus conflitos de classes e econômicos. Compreendo claramente a dialética materialista de Marx, Engels, Lenin, Stalin e Mao. Os amo como pilares do novo mundo comunista. Já compreendi o erro de Trotsky desde que chegou ao México. Eu jamais fui trotskista. Porém nesta época, 1940, eu era somente aliada de Diego (pessoalmente, erro político). Porém tem que se considerar que estive doente desde os seis anos de idade e realmente muito pouco de minha vida gozei de saúde e fui inútil ao Partido. Agora, em 1953, depois de 22 operações cirúrgicas me sinto melhor e poderei de quando em quando ajudar ao meu Partido Comunista. Já que não sou operária, sou artesã – e já aliada incondicional do movimento revolucionário comunista”.
MAIS INFORMAÇÕES
Ingressos: De R$ 60 a R$ 150
Agendamentos: Fridakahlorio.com.br