Denúncia de Kim Yo-jong é de que “avião de reconhecimento da Força Aérea dos EUA, que recuou pela forte resposta da Força Aérea do Exército do Povo Coreano (KPA), novamente invadiu o céu acima da linha de demarcação militar marítima sob o controle da República Popular Democrática da Coreia”
A Coreia Popular denunciou, nesta segunda-feira (10), a invasão de espaço aéreo e intensificação das atividades de espionagem por aviões da inteligência e reconhecimento dos Estados Unidos.
“Um avião de reconhecimento da Força Aérea dos EUA, que recuou pela forte resposta da Força Aérea do Exército do Povo Coreano (KPA), novamente invadiu o céu acima da linha de demarcação militar marítima sob o controle da República Popular Democrática da Coreia”, afirmou Kim Yo-jong, vice-diretora de departamento do Partido dos Trabalhadores da RPDC e irmã de Kim Jong Un, líder do país, em declaração reproduzida pela Agencia KCNA.
“Já notifiquei de antemão sobre contramedidas do nosso Exército mediante autorização. Em caso de repetição da intrusão ilegal, as forças dos EUA experimentarão um voo muito crítico”, afirmou.
Ela acrescentou que um avião de reconhecimento estratégico dos EUA “invadiu a zona econômica aquática do lado da RPDC no mar do Leste da Coreia [ou mar do Japão] por oito vezes”de 2 a 9 de julho.
PROVOCAÇÕES DOS EUA DEVEM ACABAR
“Todas as ações provocativas dos EUA devem ser cessadas imediatamente”, alertou um porta-voz do Ministério da Defesa norte-coreano em comunicado.
Pyongyang condenou os planos norte-americanos de enviarem um submarino com armas nucleares para a área da península coreana e acusaram Washington de deixar a região à beira de um conflito.
Indicando que seria a “primeira aparição de armas nucleares estratégicas norte-americanas na península da Coreia desde 1981”, o porta-voz da RPDC descreveu a situação como “muito perigosa”, já que eleva as tensões na região para “uma fase crítica”, aproximando cada vez mais a região de um conflito.
Recentemente, o Pentágono havia anunciado o envio de um submarino de mísseis balísticos com armas nucleares para a Coreia do Sul sob a chamada ‘Declaração de Washington’, que foi projetada para “fortalecer os compromissos de dissuasão de Washington” a Seul dizendo que a região é que estaria diante de “ameaças persistentes”. A declaração foi assinada por Joe Biden e o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeolen, em abril, durante uma cúpula na capital dos EUA.
Em 16 de junho, o submarino de mísseis guiados classe Ohio, movido a energia nuclear, USS Michigan, chegou à Coreia do Sul. Neste contexto, o vice-comandante das Forças Armadas dos EUA na Coreia, Scott Pleus, disse que esta classe de navios “tem dois objetivos: dissuasão e tranquilidade”. “A visita do USS Michigan visa assegurar ao povo coreano que eles permanecem protegidos por todo o espectro de capacidades dos EUA”, declarou.
O Ministério da Defesa norte-coreano chamou as ações de Washington de “chantagem nuclear contra a Coreia do Norte e seus vizinhos” e uma “séria ameaça” à paz e segurança mundiais. Além disso, o funcionário responsabilizou os EUA por qualquer evento adverso que pudesse levar a situação “aos extremos que ninguém quer”.