Abaixo-assinado “Fora Roberto Campos Neto. Por um Banco Central a favor de juros baixos e do Brasil” recebeu o apoio dos parlamentares Gleisi Hoffmann e Lindbergh Farias nas redes sociais
A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann, e o deputado federal Lindbergh Faria lançaram, no sábado (15), um abaixo-assinado pela saída de Roberto Campos Neto da presidência do Banco Central (BC). O lançamento da campanha foi feito em vídeo nas redes sociais.
“É necessário exonerar Roberto Campos Neto e sua gestão da presidência do Banco Central. Mesmo diante da queda da inflação, ele tem mantido as taxas de juros elevadas, afetando o poder de compra de todas as famílias brasileiras. Precisamos nos unir e fazer pressão para que ele saia da presidência do Banco Central”, diz trecho do documento que somava 35 mil assinaturas até o início desta segunda-feira (17) e foi lançado pelo professor e escritor baiano André Teixeira Jacobina, recebendo o aval dos parlamentares do PT.
A iniciativa visa também a pressionar o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a baixar a taxa Selic, que é taxa básica de juros da economia, atualmente em 13,75%, a um novo patamar que desloque o Brasil da trágica posição de maior pagador de juros reais (descontada a inflação) do mundo.
“Agora dias 1 e 2 de agosto, o Copom vai se reunir para decidir qual é a taxa de juros e eles não podem baixar só 0,25 ponto percentual ou 0,5 p.p. Nós precisamos de uma redução efetiva para que tenha efeito na economia”, declarou a deputada Gleisi. A presidente do PT relacionava o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial da inflação que no mês de junho registrou deflação de -0,08% e no acumulado de 12 meses ficou em 3,16%, a “quilômetros” de distância da Selic.
A deputada enfatizou que a queda da inflação nos últimos doze meses ocorreu principalmente por dois fatores, a queda das commodities agrícolas como, milho arroz, soja, carne e outros alimentos e a redução dos preços dos combustíveis.
Ambos fatores desgovernados no governo Bolsonaro, um em razão da falta de uma política de preços e estoques mínimos, outro pela vinculação dos preços do barril de petróleo à especulação do mercado internacional, políticas essas já revogadas.
O deputado federal Lindbergh Farias (PT/RJ) enfatizou o que lembra ser o comportamento de Campos Neto. “Fica parecendo, cada vez mais, que Roberto Campos Neto e o Banco Central não estão agindo de forma técnica ao manter, pela sétima vez consecutiva, os juros em patamar tão elevado, mas, sim, agindo politicamente para travar a economia brasileira e sabotar o governo do presidente Lula”. Por essa razão apresentou uma denúncia ao Conselho Monetário Nacional contra o presidente do Banco Central.
Segue o link do abaixo assinado: