
Submisso ao FMI, o governo do Egito aumentou os preços do gás natural entre 33,3% e 75%. O aumento começará a vigorar já em agosto.
Em 2016, o presidente egípcio, Al-Sisi, decidiu pegar um empréstimo de US$ 12 bilhões junto ao FMI e, consequentemente, submeter o país a suas demandas. Desde aí houve aumento no preço dos combustíveis, água, eletricidade e de novas linhas telefônicas e suas contas mensais.
No mais recente tarifaço, o preço do gás natural, quando consumido até 30 metros cúbicos, subiu de 0,1 libra egípcia por metro cúbico para 0,175, ou seja, uma alta de 75%. Quando consumidos entre 30 e 60 metros cúbicos, o cálculo passou de 0,175 libra egípcia por metro cúbico para 0,250, um aumento de 42,5%. Por fim, em consumos maiores do que 60 metros cúbicos, alterou-se de 0,225 libra egípcia por m3 para 0,3, uma elevação 33,3%. Cerca de 70% da energia elétrica gerada no Egito vem de gás natural.
Seja para aquecimento da casa ou para cozinhar, muitas famílias, quando não estão conectadas à rede de gás natural, utilizam cilindros de butano. Este também sofreu alterações, tendo passado, quando para fins domésticos, de 30 para 50 libras egípcias, 66,6% a mais e atingindo o equivalente a R$ 10,20. Para fins comerciais, o aumento foi de 40 libras egípcias, subindo de 60 para 100, equivalendo a R$ 20,97. Preços baratos em comparação com os nossos, mas o impacto sobre a economia popular no Egito tem sido intensa. A expectativa inflacionária bateu em 14,4% para este ano de acordo com as medições referentes ao consumo no mês de junho, sem que os salários acompanhem a alta dos preços.