Representantes dos trabalhadores da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) se reuniram com o coordenador da Frente Parlamentar contra a Privatização da empresa, deputado Emídio de Souza (PT), na última semana, para discutir ações com prefeitos, entidades civis e políticos, com o objetivo de defender que a empresa continue estatal.
“Ampliar a mobilização pela defesa da Sabesp pública é nossa principal tarefa para garantir que o povo de São Paulo e os trabalhadores (as) não sejam duramente penalizados com a privatização”, afirmou José Faggian, presidente do Sintaema. O encontro definiu o lançamento de um comitê de organização para ampliar a mobilização de diversos setores da sociedade para pressionar o governador Tarcísio de Freitas a desistir da proposta de privatização.
O Sindicato dos Urbanitários de Santos e da Baixada Santista (Sintius) afirmou em nota que “o sinal de alerta foi ligado no início de agosto, quando o governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) anunciou o modelo de privatização da Sabesp, no qual o governo paulista seguirá como acionista minoritário, ou seja, o controle e a gestão da empresa, incluindo a definição de prioridades de investimentos, não serão definidos pelo poder público”.
Considerando as experiências de privatização do saneamento no Brasil e no mundo, as entidades alertam para o risco de queda de qualidade do serviço prestado, aumento da tarifa e abandono das regiões menos lucrativas caso a empresa seja privatizada. Nesse sentido, as entidades têm buscado dialogar com a população por meio de panfletagens, movimentado audiências públicas, produzido material informativo para o público e dialogado com movimento sindical, social e também com legislativos estadual, federal e municipal.
A reunião também contou com a presença de mais dois parlamentares do PT, Eduardo Suplicy e Donato, além da participação de assessores de deputados do PCdoB, PT e Psol.