O ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PRP), oficializou neste domingo (05) sua candidatura ao governo estadual. Ele criticou o adversário Eduardo Paes, que saiu do PMDB e migrou para o DEM, e a sua coligação. Segundo Garotinho, “o plano deles todo mundo já sabe, é botar o Eduardo Paes para soltar o Cabral” [em referência ao ex-governador e chefe da quadrilha, Sérgio Cabral, condenado a 123 anos de prisão].
“Vamos lutar contra o dinheiro que eles tiraram das escolas, hospitais e dos funcionários públicos humilhados com salários atrasados”, afirmou o ex-governador, em referência à aliança de Paes.
Ele prometeu que vai reativar novamente o setor produtivo do Estado, com ênfase nos setores naval, metalúrgico e do turismo, mas que também quer mudar a relação com a Petrobras, sem explicar o que pretende propor.
“Vamos trabalhar para reestruturar todo o setor produtivo do Estado, com incentivos fiscais que gerem emprego, como eu fiz (quando era governador) no setor naval e metalúrgico, na CSA. Hoje há uma geração que, se não for qualificada, daqui a pouco vai existir vaga de emprego e não vai existir gente para ocupar”, afirmou em seu discurso na convenção.
Garotinho negou que esteja inelegível, mesmo sofrendo três processos na justiça e disse que “não há risco para a minha candidatura”.
Ele foi condenado a 9 anos e 11 meses de prisão por compra de votos nas eleições de 2016 por meio do programa Cheque Cidadão e é acusado de comandar um esquema de arrecadação de caixa dois em 2014 com o apoio de um “braço armado” para intimidar empresários. Desde novembro de 2016, Garotinho foi preso três vezes.
O ex-governador foi ainda condenado à perda dos direitos políticos por oito anos pelo Tribunal de Justiça do Rio por improbidade administrativa. Ele foi acusado de desviar mais de R$ 200 milhões de recursos da saúde para a sua pré-campanha a presidente em 2006, que acabou não se concretizando.