
O movimento negro brasileiro comemora nesta segunda-feira, seis de agosto, o aniversário de um dos seus mais longevos e ilustres militantes, o professor Eduardo de Oliveira. Sem nunca perder a crença de que ainda poderemos viver uma sociedade livre do racismo, o autor do Hino à Negritude deixou contribuições importantes como poeta, jornalista, escritor, primeiro vereador negro da cidade de São Paulo, fundador do Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB). Neste seis de agosto, o professor Eduardo completaria 92 anos.
“Relembramos com muita alegria o dia do nascimento daquele homem que dedicou a sua vida a lutar pelos direitos de uma comunidade que a custo de sofrer atos de desumanidades, vis destratos e atos de tortura; construiu uma nação: edificaram prédios, galpões, ruas, calçamentos, casarões, igrejas, vias férreas, prédios escolares, teatros, portos, etc. unificou num país de dimensões continentais a língua portuguesa. Construiu a maior e mais rica cultura já produzida por um povo. Produziu a melhor culinária apreciada por todos os países, pois criou e diversificou pratos tradicionalmente conhecidos”, afirmou a diretoria do CNAB, em nota.
A entidade lembrou que o professor Eduardo “cantou em versos e prosas os feitos heróicos desta comunidade tão preciosa na constituição da nação brasileira e ao mesmo tempo tão depreciada, humilhada, segregada. Ele mapeou desde o descobrimento do Brasil 580 personalidades negras que ao longo dos anos foram nomeando praças, ruas, pontes, salas de cultura, sem que a história lhes fosse justa ao mostrar ao público a realidade de sua raça”.
Enalteceu com o “Hino a Negritude” a natural convicção de luta por um Brasil com futuro melhor o pensamento, vigor, e amor da comunidade afro-brasileira.
“Estamos neste seis de agosto nos relembrando do amor, da certeza da vitória, da garra, do sorriso, da simpatia, da determinação e jovialidade do nosso eterno presidente fundador do CNAB”, concluiu a entidade.