Os metroviários de Pernambuco realizaram um ato, nesta quinta-feira (17), em Brasília, pela retirada da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) do Programa Nacional de Desestatização (PND) e em luta pelas pautas da categoria.
Os trabalhadores mantêm a greve por tempo indeterminado, iniciada no dia 2 de agosto, contra a privatização e pela aprovação do Acordo Coletivo de Trabalho 2023-2025. Eles reivindicam reajuste salarial de 7%, com base em uma proposta apresentada pelo Ministério Público do Trabalho de Pernambuco (MPT-PE). A categoria também pede um aumento do piso salarial para o nível 110, o que representa cerca de R$ 2.500.
O ato, com a presença de dirigentes do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) e mais de cem trabalhadores que saíram em caravana de ônibus de Recife, na última segunda-feira (14), também contou com a participação de metroferroviários de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Os metroviários de Pernambuco cobram do governo Lula, que prometeu retirar o nome da CBTU do PND, mas, segundo o presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, até o momento não fez nada. “Estamos nos mobilizando, continuaremos lutando. Durante a época de campanha, o presidente Lula se comprometeu com essa categoria, para a retirada da CBTU do Plano de Desestatização e por mais investimentos no Metrô do Recife. Mas, infelizmente, avança com essa ideia de entregar a CBTU nas mãos dos empresários. Não iremos deixar”, afirmou Luiz Soares.
“Queremos um Metrô público, estatal federal e de qualidade para as pessoas. Precisamos de investimentos no Metrô e só o governo Federal tem o aporte necessário para entregar as melhorias necessárias no sistema”, disse o sindicalista.