“Parem com esse negócio de prisão. Se quer ajudar, desconstrua a narrativa e não fique correndo atrás de cliques ou lacrações”, disse o vereador
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), o “zero dois” do Jair, mostrou bastante irritação com bolsonaristas que estão espalhando a prisão iminente de Jair Bolsonaro por conta das denúncias de tráfico de joias pertencentes ao patrimônio público.
Ele pediu neste sábado (19) para que os apoiadores de seu pai parassem de comentar sobre uma possível prisão do ex-presidente. Bolsonaro foi apontado pelo advogado de Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordem, como o mandante da venda do relógio Rolex recebido dos árabes e quem recebeu o dinheiro da venda.
Ele também foi citado no depoimento do hacker Walter Delgatti Neto à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de Janeiro por ter pedido ao hacker para invadir urnas eleitorais com o intuito de desmoralizar a eleição. O plano era criar clima para um golpe de Estado. Bolsonaro teria oferecido um indulto presidencial em caso de prisão do hacker.
Carlos, que chefiou o chamado “gabinete do ódio” de seu pai, fez um desabafo e pediu para que parassem de cogitar a prisão do ex-presidente. Em publicação nas redes sociais, ele classificou a expectativa dos bolsonaristas de ‘Síndrome de Estocolmo’ e pediu a desconstrução de narrativas.
A especulação da prisão de Bolsonaro passou a ganhar força após o advogado de Mauro Cid, Cezar Bitencourt, afirmar que o ex-ajudante de ordem agiu na venda de joias a mando do ex-presidente. Bitencourt ainda afirmou que o dinheiro teria sido entregue a Bolsonaro ou para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
“Parem com esse negócio de prisão. Parecem aqueles caras que amam viver a síndrome de Estocolmo”, afirmou Carlos.
“Se quer ajudar, desconstrua a narrativa e não fique correndo atrás de cliques ou lacrações para se sentir importante validando a dor que o adversário sente prazer em fazer você sofrer”, declarou o filho 02 do ex-presidente, sem citar diretamente o pai, em seu canal no Telegram.
Para Carlos, é “óbvio” para “qualquer um” que o Brasil vive uma situação semelhante à da Venezuela – regime autocrático e sem garantias de liberdades fundamentais. “Os canalhas estão carecas de saber disso e estão utilizando sua psique para você validar algo que querem!”, reclamou o vereador, ao defender as falcatruas e a tentativa de golpe do pai.
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