Explosões foram ouvidas e imagens divulgadas no que foi denunciado como tentativa de assassinato de Nicolás Maduro durante a celebração dos 81 anos da Guarda Nacional (desde Chávez, Guarda Nacional Bolivariana). O incidente ocorreu no sábado. Durante o discurso de Maduro, no evento, houve explosões; ele foi retirado do local.
Sete soldados ficaram feridos. Apenas três horas depois do incidente, Maduro apontou como responsáveis o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos – prestes a deixar o cargo –, grupos de oposição na Venezuela e venezuelanos residentes nos EUA.
Maduro afirmou que já tinham sido “capturados parte dos autores do atentado”, e estes já estavam sendo “processados”. “Não tenho dúvida que o nome de Juan Manuel Santos está por trás deste atentado”, disse, sem apresentar provas.
“Os que se atreveram a atacar que se esqueçam de perdão, os perseguiremos e capturaremos onde quer que se escondam”, declarou o presidente. “Justiça! Punição máxima! Não haverá perdão”, bradou.
Também afirmou que os “financiadores vivem nos EUA, no Estado da Flórida”, e, contraditoriamente, pediu ajuda a Trump: “Espero que o presidente Donald Trump esteja disposto a combater este grupo terrorista”.
Segundo o presidente colombiano, “não há base” para que Maduro faça tais acusações. A Casa Branca também negou o envolvimento.
Segundo o ministro do Interior, Nestor Reverol, o atentado foi realizado através de drones que carregavam um quilo do explosivo C4. A ação falhou devido a um sistema inibidor de sinal utilizado pela segurança. Reverol afirmou também que foram presos seis responsáveis.
Um grupo denominado “Militares de Camisetas” reivindicou, a autoria do atentado. O grupo, desconhecido até agora, diz reunir militares de diversas patentes, em exercício ou da reserva. “Demonstramos que são vulneráveis, não se efetivou hoje, mas é questão de tempo”, assegurou o grupo.
A coalizão opositora, Marea Socialista, “condena e repudia o atentado denunciado pelo governo nacional contra a pessoa do presidente Nicolás Maduro” e considera que “a consumação de atos terroristas apenas busca e pode trazer mais caos e violência para a população”.
Marea destaca que “frente à incerteza, exigimos investigação independente e alertamos contra o uso da situação para restringir os direitos do povo”.