Marcelo Monteiro, membro da direção nacional do Partido Pátria Livre (PPL), afirmou que as propostas de reformas apresentadas pelo partido têm relação com a luta contra o racismo. “A luta contra a reforma trabalhista é uma luta contra o racismo. A luta contra o desemprego e o arrocho salarial é uma luta contra o racismo”, disse, em discurso na convenção nacional do partido, realizada em São Paulo, no domingo, 5 de agosto.
Ele destacou o papel de cada um rumo a um país melhor. “O Brasil precisa de nós, precisa deste homem, João Goulart, precisa de cada de vocês, candidatos, precisa de cada um militante para que nós façamos as mudanças que são necessárias neste país”.
“É preciso fazer a reforma da educação, discutir a reforma de educação é discutir o racismo. Discutir as reformas da saúde neste país é discutir o racismo. Portanto, todas as reformas não estão isoladas da discussão do racismo”, enfatizou o líder político e da luta pela igualdade racial. Ele também é presidente do Centro de Tradições Afro-Brasileiras (Cetrab)
“Nós temos uma tarefa importante, fundamental, extremamente urgente, fazer com que este país tenha igualdade racial, tenha equidade de direitos para o povo brasileiro”.
Marcelo encerrou seu pronunciamento fazendo uma homenagem ao professor Eduardo de Oliveira, fundador do Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB), falecido em 12 de julho de 2012. Eduardo de Oliveira faria 92 anos nesta segunda-feira, dia 6 de agosto. “Pensar nas reformas, nas questões raciais, é lembrar aqui um homem que me trouxe [ao PPL], não de corpo presente, mas me trouxe na consciência, no coração, o nosso querido, amado e saudoso professor Eduardo de Oliveira”.
Após encerrar seu pronunciamento mencionando o professor Eduardo, Marcelo Monteiro foi bastante aplaudido, e logo um grupo de jovens do PPL, acompanhado por todos os presentes, começou a cantar o refrão do Hino à Negritude, composto pelo saudoso presidente do CNAB: “Ergue a tocha no alto da gloria \ Quem heroi nos combates se fez \ Pois que as páginas da História \ São galardões aos negros de altivez”.