A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou no final de julho o edital para a privatização de trechos de rodovias federais.
O trecho que será entregue é o da Rodovia de Integração do Sul (RIS) – no estado do Rio Grande do Sul -, com leilão marcado para o dia 1º de novembro.
A concessão à iniciativa privada há longo prazo (30 anos) iniciou já na gestão de Dilma e foi mantida por Temer no Programa de Parceria de Investimento (PPI) em dezembro de 2016. O programa prevê a privatização de outros ativos nacionais, como empresas estatais e suas subsidiárias, jazidas de petróleo pertencentes ao Pré-Sal, entre outros.
Um mês após o lançamento do edital, a Rodovia de Integração do Sul (RIS) já tinha pelo menos oito interessados, entre ele, empresas da Itália e da Espanha – que “disputarão” quatro trechos de rodovias federais no Rio Grande do Sul: as BRs 101, 290, 448 e 386. Ao todo são 473,4 km, sendo a “cereja do bolo” os 98,1 km da via Freeway, entre Porto Alegre e Osório.
O governo pretende oferecer ainda ao mercado até o fim deste ano, um trecho de rodovias entre Jataí (GO) e Uberlândia (MG), exatos 437 km. O governo prepara outros editais para concessão de estradas, que passaram pelo aval do Tribunal de Contas da União (TCU). Entretanto, estas novas privatizações disfarçadas de concessões, poderão ficar para o próximo governo, que decidirá se seguirá com a política de privatização de estradas e demais setores estratégicos da nação.