Os servidores municipais de Porto Alegre, em greve desde o dia 31 de julho, ocuparam a sede da prefeitura, na terça-feira (7), exigindo a abertura de diálogo sobre a reposição salarial da categoria. A categoria realizou ato as 11h, no Paço Municipal, ocupando o prédio, em seguida, durante todo o dia.
O prefeito Nelson Marchezan Jr.(PSDB), que não estava no prédio no momento da ocupação, solicitou à Secretaria de Segurança do Estado intervenção da Brigada Militar. A BM foi responsável pela negociação com os trabalhadores.
Os trabalhadores estão na luta para que a prefeitura reabra o diálogo sobre a reposição salarial que não ocorre desde 2016. A prefeitura de Marchezan já deve aos servidores um reajuste de 6,85%, referentes ao mês de maio de 2016 a abril de 2018.
O juiz Vanderlei Deolindo concedeu liminar de reintegração de posse com a possibilidade de multa de R$ 200 mil, além do uso da força policial contra os ocupantes. Em nota, o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) disse que a categoria decidiu pela desocupação após a chegada do ofício de reintegração de posse.
“O movimento demonstrou a força de mobilização da categoria, escancarou a intransigência e a incapacidade de Marchezan em dialogar com os trabalhadores e trabalhadoras,e unir ainda mais os municipários para enfrentar os ataques do prefeito.”, disse o Simpa.
O prefeito, ao falar sobre o movimento afirmou que, “enquanto não acabar a greve e não determinarem outros interlocutores e não pararem com esses invasores da prefeitura, vândalos e criminosos não haverá um minuto de reunião com essas pessoas.”
A categoria desocupou o prédio durante a noite da terça feira. Os servidores realizaram novo ato na prefeitura na quarta feira (8), seguido de caminhada até a câmara municipal e assembléia na Casa do Gaúcho às 14h .