Para a deputada, apesar do governo injetar recursos, os juros estratosféricos atrapalharam bastante
A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), voltou a criticar os juros praticados pelo presidente Banco Central, Roberto Campos Neto. Ela usou suas redes sociais para classificar de “criminosos” os juros do BC. Segundo a deputada, esses juros “atingem em cheio os investimentos”.
A deputada comentou o resultado do PIB do semestre. “O crescimento do PIB no Brasil nesse semestre não é por acaso. Nem sorte, nem algo inexplicável, apesar dos juros criminosos praticados pelo Banco Central e pelo mercado, que atingem em cheio os investimentos”, afirmou.
Gleisi destacou que o governo Lula “este ano, tem uma política fiscal ostensiva, que colocou dinheiro na economia com políticas voltadas para o povo trabalhador”. “Tudo isso ajudou na renda popular, aumentou o consumo das famílias e também cresceram os serviços. Se não tivéssemos os juros estratosféricos, esse crescimento seria muito maior, com crescimento dos investimentos”, apontou a dirigente do PT.
O resultado do PIB no segundo trimestre deste ano, segundo o IBGE, foi de crescimento de 0,9%. Neste resultado, os investimentos não tiveram papel destacado. No primeiro trimestre quem puxou a alta foi a colheita da soja e as exportações. Seria necessário agora um aumento dos investimentos para sustentar o PIB. Mas, os juros altos do BC impediram que isso ocorresse. Tanto a deputada, quanto o conjunto do país esperam que a queda dos juros seja acelerada, sob pena de que não haja a retomada da economia.
“Apesar de Campos Neto, o Brasil reage porque com Lula, este ano, têm uma política fiscal ostensiva. A PEC da transição deu possibilidades de fazer programas para ajudar o povo. O novo Bolsa Família, com aumento de recursos para crianças e adolescentes, o reajuste real do salário mínimo, a isenção do IR pra quem ganha até R$ 2.640,00, o Desenrola para negociação de dívidas, recursos pra agricultura familiar, a queda da inflação com a redução dos preços dos combustíveis”, disse ela.
“Tudo isso ajudou na renda popular, aumentou o consumo das famílias e também cresceram os serviços. Se não tivéssemos os juros estratosféricos esse crescimento seria muito maior, com crescimento dos investimentos Por isso a luta contra essa política do Banco Central e também pra não ter cortes no orçamento do governo ano que vem. Neste contexto, ter algum déficit no orçamento não é coisa ruim, mas medida necessária pra não deixar a economia cair”, acrescentou a deputada.